A Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Rio Grande do Norte enviou um ofício ao Procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho 21ª Região, Fábio Romero Aragão Cordeiro, externando preocupação com o possível fechamento da unidade da Procuradoria que funciona na cidade de Caicó.
No ofício, o presidente da FTI-RN, Joaquim Bezerra de Menezes Neto, afirma que a notícia pegou os sindicatos ligados à Federação de surpresa e gerou grande preocupação entre os trabalhadores. A região, composta por 24 municípios, possui atividades econômicas importantes para economia do Estado como mineração, confecções, laticínios, entre outras, que agregam significativamente um número considerável de trabalhadores.
“O Ministério Público do Trabalho, no âmbito de suas atribuições, é mais que meramente um braço do Ministério Público da União, voltado para a defesa dos interesses coletivos e difusos. É também o amparo de sindicatos e federações quando, em nome dos trabalhadores, somos ignorados, negligenciados e menosprezada a importância organizativa dos trabalhadores, estabelecendo assim a impossibilidade na resolução de conflitos”, destaca.
Ainda de acordo com Joaquim, “a ausência presencial do MPT/RN em Caicó enfraquecerá o lado, que já por natureza de sua relação com o trabalho, é o mais fraco. E sabido que o principal motivo para tal fato se dá por necessidade de contenção de despesas mediante o corte de recursos para manutenção da malha institucional, oriundos da união. Nos vale então lembrar que o Ministério Público da União está presente no mesmo município e talvez seja possível a abertura de espaço físico em suas instalações para abrigar o ofício do MPT/RN, reduzindo assim custos e evitando o encerramento de suas atividades”.
A Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do RN foi informada também que a Câmara Municipal de Caicó planeja abrir audiência pública para discutir com a sociedade o encerramento das atividades do Ofício do MPT no município. “Em contato com a secretaria da Câmara Municipal, nos disponibilizamos, juntamente com sindicatos filiados, a participarmos do debate”, completa.