O processo que envolve o homicídio do professor de teologia, Airton Gomes Teixeira, de 39 anos, morto em novembro de 2014 com 12 tiros, voltou a ser apreciado pelos desembargadores que integram a Câmara Criminal do TJRN. Desta vez, a sessão desta terça-feira, 11, eles julgaram e negaram o Habeas Corpus, que pedia a revogação da prisão preventiva, em favor do suposto autor do crime, Allan Maycon de Medeiros, preso em 27 de junho deste ano.
O acusado foi detido sob força de um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça de Macaíba, município da Grande Natal, após ser monitorado por alguns meses e encontrado quando entrava em uma loja no bairro do Alecrim.
Segundo os fatos registrados no Inquérito Policial 353/2014 e presentes nos autos, a vítima e o investigado teriam um relacionamento e que após o rompimento, o professor teria pedido a devolução dos presentes, tanto bens, quanto quantias em dinheiro.
A defesa pediu a revogação da prisão preventiva, sob as alegações, inicialmente, do réu ter bons antecedentes, ser primário, possuir trabalho e residência fixa e que a prisão foi “desnecessária”.
No entanto, o relator do processo, juiz convocado Ricardo Procópio Bandeira, destacou que os argumentos da defesa não são condicionantes para que a prisão não seja mantida, bem como levou em conta o depoimento de várias testemunhas, as quais atestam para a presença dos dois em local próximo onde ocorreu o homicídio, na comunidade de Mangabeira, em Macaíba.
A vítima dava aulas de religião e filosofia na Escola Municipal Mário Lira, no bairro Dix-Sept Rosado, na Zona Oeste de Natal, e integrava um grupo religioso no bairro do Alecrim, na Zona Leste da capital potiguar. Ele foi morto com 12 tiros, dos quais, oito foram nas nádegas.