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Neste dia 12 de julho completam 66 anos da morte de Dix-Sept Rosado Maia

Dix-sept Rosado morreu em acidente de avião

Dia 12 de julho de 1951. Uma data que ficaria marcada para sempre na vida potiguar. Há exatos, 66 anos, morria num acidente aéreo, na região conhecida como do Rio do Sal, em Sergipe, aquele que protagonizou uma das mais indiscutíveis vitórias eleitorais urnas em nosso Estado. Seu nome Jerônimo Dix-Sept Rosado Maia. O fato enlutou o Rio Grande do Norte e tirou de sua população uma expectativa positiva de um governo promissor. Governou por cinco meses, apenas isso. Era a sua primeira viagem como governador à então capital da República, o Rio de Janeiro. Em sua companhia também viajavam alguns secretários de Estado.

Seu nome foi imortalizado com nome de um bairro de Natal, de uma praça em Mossoró, “sua querência amada” como bem dizia o também saudoso, Dix-Huit Rosado, seu irmão. Dezenas de municípios do Estado o homenagearam com nomes de praças, ruas e avenidas. Dix-Sept Rosado nasceu para a vida pública, tinha o carisma de líder, sabia ser popular sem demagogia e sem recorrer a manobras populistas. Foi prefeito de sua cidade em 1948, sendo considerado na época o melhor prefeito do Brasil –Mossoró era a vitrine para centenas de municípios brasileiros e este seria o ponto inicial de sua trajetória política e o trampolim que o credenciava para lançar-se candidato ao governo do Estado.

Tinha a paciência de saber ouvir os amigos e as lideranças que o procuravam, desde o mais destacado político da época, ao mais simples dos mortais, dizem que depois dele, somente o ex-governador Lavoisier Maia, (também seu parente), possuía essa particularidade, a paciência de saber ouvir.

Chegou ao governo do Estado com apenas 39 anos. Uma curiosidade merece ser revelada: Ele teve o apoio do PR Partido Republicano (O PR de Artur Bernardes) apoio do Partido Trabalhista Brasileiro PTB, do Partido Social Progressista PSP e de uma importante parcela do PSD – Partido Social Democrático. Mas, o seu partido, a UDN, – União Democrática Nacional, preferiu apoiar outro nome, Manoel Varela, cujo irmão, José Varela era o governador do Estado. Dix-Sept saiu vitorioso com uma diferença ou maioria de 30 mil votos, um grande feito naquele tempo.

Com sua morte, sepultou-se também a esperança de milhares de conterrâneos que haviam sufragado o seu voto, O nome de Dix–Sept Rosado contudo, está perpetuado nos anais da história, no respeito e na memória do povo norte-riograndense.

Por César Filho, professor e jornalista

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