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Segundo especialistas, fenômeno La Niña se fortalece

Tribuna do Norte – Os parâmetros que determinam a incidência de um bom inverno no próximo ano, na região do semiárido do Nordeste, estão evoluindo. O Centro de Previsões Climáticas dos EUA atualizou, esta semana sua probabilidade para o La Niña — passou de 73% para algo acima de 80%, em apenas um mês. A evolução amplia as chances de acerto dos institutos de meteorologia, que há dois meses mantém o prognóstico de uma estação chuvosa de normal a acima da média no Rio Grande do Norte.

Itans em Caicó está completamente seco – (Foto: Sidney Silva)

La Niña é um fator determinante à interrupção dos seis anos de seca, e que tem como principais efeitos o desabastecimento humano, o comprometimento dos principais reservatórios do Estado, e a morte de animais. Consequências que, segundo o Governo do Estado em relatório remetido ao Ministério da Integração Nacional, resulta em prejuízos monetários da ordem de R$ 4 bilhões nesses seis anos de estiagem. O setor agropecuário, correspondente a uma queda de receita de 72.30% na agricultura e de 27,70% na atividade pesqueira, o que representa uma  redução  superior  a  50%  na contribuição do setor rural para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Norte.

O fenômeno La Niña ganhou bastante força no último mês, e as previsões do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) indicam a persistência do fenômeno durante o inverno no hemisfério Norte – verão no hemisfério Sul – e, na sequência, a volta de um padrão de neutralidade climática, durante a primavera no Norte – outono no Sul.

O serviço australiano de meteorologia, Bureau of Meteorology (BOM na sigla em inglês), já havia afirmado no início do mês que o La Niña estava estabelecido e que seria um evento fraco e de curta duração, persistindo até o início do outono de 2018 no hemisfério Sul.

Os meses de dezembro, janeiro e fevereiro antecedem o período chuvoso principal no semiárido potiguar. É a chamada pré-estação chuvosa. Os sistemas meteorológicos que costumam atuar durante essa época — vórtices ciclônicos de ar superior, frentes frias e linhas de instabilidade — são considerados de baixa previsibilidade. Por causa dessa dificuldade na previsão a longo prazo, as informações sobre ocorrência de chuvas serão analisadas semanalmente, segundo informou nessa sexta-feira (15), a Emparn.

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