O plenário do Senado derrubou o ofício do Supremo Tribunal Federal (STF) com as medidas cautelares que afastavam do mandato o senador Aécio Neves, do PSDB de Minas. Isso significa que o tucano, proibido de exercer sua atividade política e submetido ao recolhimento noturno desde 26 de setembro, pode voltar ao trabalho a partir desta quarta-feira. E está liberado para sair de casa à noite.
Votaram a favor de Aécio 44 senadores – três a mais do mínimo necessário. Outros 26 queriam manter a decisão judicial pelo afastamento. Regimentalmente, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, do PMDB do Ceará, não vota, assim como Aécio, que estava sendo julgado. Nove parlamentares estavam ausentes, a maioria em viagem.
Alvo da Operação Patmos, da Polícia Federal, Aécio Neves foi denunciado em junho pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo crime de corrupção passiva e por causar embaraços a investigações. Ele é acusado de ter aceitado propina de R$ 2 milhões repassados pela J&F ao seu primo e de ter tentado obstruir investigações.