Com o surgimento do novo coronavírus, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde atualizaram os critérios de doação nos bancos de sangue como uma ação preventiva em todo país.
A triagem clínica já incluía a verificação de dengue, chikungunya e zika. A atualização deste ano incluiu o Covid-19 e outras variações como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers).
O pontapé inicial da campanha “Torcedômetro da Vida. Doe e marque um golaço!” aconteceu na manhã desta quinta-feira (17), em Natal, numa parceria entre a Federação Norte-rio-grandense de Futebol, Hemonorte e Arena das Dunas, com apoio dos clubes participantes do Campeonato Potiguar 2019. A campanha quer fortalecer a doação de sangue entre os torcedores potiguares, em um gesto de solidariedade e que pode salvar vidas, justamente em um dos períodos com menor estoque de bolsas sanguíneas no RN.
Os atletas do ABC – o goleiro Edson e o volante Anderson Pedra, do América-RN – o zagueiro Alison e o lateral-direito Vinicius, e do Santa Cruz – o lateral-direito Breno, além do presidente da FNF, José Vanildo da Silva, e de representantes da Arena das Dunas e do Hemonorte estiveram no evento de abertura da campanha.
Em mobilização contra atraso de salários, policiais civis farão doação de sangue nesta quarta
A mobilização dos policiais civis do Rio Grande do Norte contra atraso de salários terá uma ação social, nesta quarta-feira, dia 27 de dezembro. A categoria fará uma doação de sangue coletiva no Hemonorte, no Tirol, em Natal, a partir das 8h30.
“Trata-se de uma ação social importante, que irá ajudar várias pessoas, mas também tem uma representação simbólica, pois, no momento, a única coisa que nós policiais temos a oferecer à sociedade potiguar é o nosso sangue“, afirma o presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança, Nilton Arruda.
O Hemocentro Regional de Caicó recebe, em média, 25 doações de sangue por dia. O sangue coletado atende toda a Região do Seridó. O assistente social do hemocentro, Caio Dantas, explica que, apesar de a unidade desenvolver um rigoroso trabalho de controle no estoque, o que ajuda para que não haja queda no número de bolsas de sangue, há a constante necessidade de doações, principalmente de doadores com RH negativo. “O tipo sanguíneo A positivo é o tipo sanguíneo mais frequente. Se você fizer uma pesquisa no Brasil inteiro, a maior parte da população vai ser A positivo. Ele não é um problema direto para a gente, porque a maior parte dos nossos doadores também é A positivo. A grande questão são os sangues de RH negativo. Os tipos A negativo, B negativo, AB negativo e O negativo são os que nós temos mais necessidade de captação”.
Os hemocentros no Brasil sofrem com a falta de doadores. Pacientes nos hospitais e vítimas de acidentes que precisam de transfusão de sangue enfrentam o risco de estoques muitas vezes desabastecidos. Estimular a solidariedade de um ato que não custa a quem doa é feito todos os anos pelo Ministério da Saúde. As regras para doação de sangue no Brasil, no entanto, esbarram em limitações – que passam agora a ser questionadas na Justiça. Nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal retoma a votação de uma ação direta de inconstitucionalidade, a Adin 5543, que pede o fim da proibição de doação por homossexuais.
Por uma determinação da Agência de Vigilância Sanitária, a Anvisa, e do Ministério da Saúde, homens homossexuais só podem doar sangue se ficarem 12 meses sem relações sexuais com outros homens. A primeira restrição do gênero no Brasil surgiu em 93 quando a transmissão do vírus da aids era equivocadamente associada aos homossexuais.
Pelas normas federais, cidadãos gays com vida sexual ativa integram um grupo de risco na transmissão do vírus HIV e de doenças sexualmente transmissíveis, como as hepatites B e C. Diante disso, o Partido Socialista Brasileiro entrou com a ação questionando a constitucionalidade dessa restrição. O entendimento é que há uma discriminação no tratamento dos doadores diante de sua orientação sexual.
O Hemocentro do RN realiza coleta externa de doação de sangue nesta segunda (18) e terça-feira (19), no Natal Shopping. A ação em parceria com o Detran/RN e Polícia Rodoviária Federal faz parte da programação da Semana Nacional de Trânsito e tem como objetivo sensibilizar os motorista e a sociedade em geral sobre a importância da doação de sangue para a vida de outras pessoas.
Os interessados podem procurar a Unidade móvel de coleta de sangue do Hemonorte que durante estes dois dias estará no Natal Shopping. A doação de sangue é aberta a toda sociedade. Para ser doador é necessário ter entre 16 e 68 anos, Jovens menores de idade só podem realizar doação com autorização dos pais ou responsável legal, estar bem de saúde e não ter consumido algum tipo de bebida alcoólica nas últimas 12 horas. A pessoa deve levar um documento com foto (carteira de identidade, trabalho ou habilitação).
Assembleia Legislativa lança campanha que estimula doação de órgãos
Salvar vidas é o novo propósito da campanha institucional da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte “Doe órgãos. Salve vidas”, que será lançada em audiência pública, nesta terça-feira (11). A nova campanha, veiculada em mídias tradicionais, digitais, móveis e fixas, como outdoors e back bus (ônibus), explica como pode ser feita a doação, quando é indicado e orienta a família com informações que ajudam a desmistificar o tema, como a aparência física após o procedimento e os custos para arcar com a doação, que não existem.
“Também é missão institucional do Poder Legislativo ações que busquem o bem estar comum através de ações para população. No Rio Grande do Norte, como em todo o Brasil, ainda predomina o desconhecimento e preconceitos sobre a doação de órgãos. Com essa mensagem, procuramos desconstruir esses empecilhos e provocar uma reflexão sobre o tema“, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB).
Mais da metade das famílias de potenciais doadores de órgãos no Rio Grande do Norte se recusa a liberar a doação. A quantidade está acima da média nacional, que já é alta. Enquanto que o índice nacional é de 43% de recusa familiar, no RN é de 52%.
Atualmente, o Rio Grande do Norte realiza transplantes de rins, córnea, e medula óssea. A lista ativa de espera para o transplante renal conta com um total de 151 pacientes inscritos. Já a lista de espera por um transplante de córnea é de 123 pacientes e 22 pacientes aguardando um transplante de medula óssea.
Audiência pública
A fim de promover e ampliar o debate sobre a doação de órgãos e medula óssea, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, promove nesta terça-feira (11), audiência pública a partir das 9h. Representantes das bancadas federal e estadual, Câmara Municipal, Justiça Federal, secretarias de saúde pública estadual e municipal, associações e instituições interessadas no tema e sociedade em geral foram convidadas para participarem da audiência pública.