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Palácio do Planalto, em Brasília, iluminado de laranja em 19 de novembro, último dia da visita da diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, ao país. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Palácio do Planalto, em Brasília, iluminado de laranja em 19 de novembro, último dia da visita da diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, ao país. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

O Dia Internacional para Eliminação da Violência a Mulheres é celebrado nesta quarta-feira, 25 de novembro e marca o início de 16 dias de ativismo contra violência de gênero. A iniciativa termina em 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos.

Segundo a ONU Mulheres, mais de 450 eventos estão planejados em mais de 70 países. Marcos e monumentos em diversas partes do mundo, como as ruínas de Petra e as cataratas do Niágara serão iluminados de laranja, cor escolhida para simbolizar um mundo sem violência contra mulheres e meninas.

Campanhas

Em mensagem sobre o dia, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou a campanha HeForShe, pela igualdade de gênero, que busca mobilizar homens e meninos na luta pelos direitos das mulheres. Ele também ressaltou sua campanha UniTe para pôr fim à violência contra mulheres.

Em entrevista à Rádio ONU, a diretora regional da ONU Mulheres para América Latina e Caribe, Luiza Carvalho, falou sobre a iniciativa.

“É uma campanha de muito êxito porque houve uma convergência e uma adesão muito grande de todas as agências da ONU a esta campanha. Na América Latina a campanha também é muito exitosa porque os próprios governos dos países começaram a fazer a adesão. Nós temos nesse dia uma movimentação muito clara de não só iluminar [de laranja] todos os espaços públicos possíveis, estabelecer debates, aumento da sensibilização ao tema, mas também escutar propostas e ver a concretização de muitas propostas de respostas à violência contra mulher”.

Brasil

Segundo a repórter Laura Gelbert (Rádio ONU), a  diretora regional da agência citou uma nova iniciativa das jovens no Brasil, em um movimento sobre o “primeiro assédio”, e falou sobre a violência a mulheres no país.

“Infelizmente, a América Latina é a região que tem os maiores índices do mundo. Não é um problema isolado do Brasil, mas o Brasil tem um problema sério e tem que responder a isso. Dos 24 países com as maiores taxas de feminicído, 14 estão na América Latina e Caribe, o Brasil é um deles. Nós vimos também uma resposta forte dos governos e do setor do legislativo aprovando leis de feminicídio ou de agravamento de homicídio quando é realizado por motivos de gênero”.

Resposta

Luiza Carvalho falou de um “câmbio cultural” e afirmou que a resposta à questão deve ser integrada.

“É um drama no Brasil, é um drama muito sério e nós não podemos esperar que isso seja uma resposta só dos organismos de segurança. Nós temos certeza de que quando as mulheres estiverem recebendo igual salário pelo igual trabalho que realizam, quando tiverem tendo oportunidades de participar no mercado de trabalho, quando tiverem seus direitos atendidos, a taxa de feminicídio, de violência em geral vai melhorar de maneira substantiva”.

O Palácio do Planalto, em Brasília, foi iluminado de laranja em 19 de novembro, último dia da visita da diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, ao país.

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