O médico ortopedista, Wilson Edino de Freitas Jales, preso nesta quarta-feira (09), na cidade de Patu/RN, por ter assassinado a agricultora, Francisca Alves Silva Oliveira, de 68 anos, também arquitetou plano para matar o delegado regional, Sandro Reges Souza Soares. A informação foi confirmada pelo próprio delegado em entrevista no programa Cidade Alerta, da Rádio Rural AM de Caicó.
Sua prisão aconteceu dentro de um bar no centro de Patu. Ele estava na companhia de outros três homens, os mesmos que estavam no carro quando Francisca Alves foi morta.
“No ano de 2015, eu tomei conhecimento através de várias denúncias que ele andava ostentando armas de fogo aqui em Patu, e eu pedi para ser informado quando ele estivesse na cidade e assim aconteceu. Certa vez, eu estava sozinho na delegacia, fui informado do seu paradeiro, pedi apoio do GTO, eu o abordei. Ele estava na companhia de um cunhado. Eu o prendi pessoalmente. Desde então, ele dizia em todos os lugares que tinha ódio de mim e que iria me matar. Inclusive, há quatro meses, um homem veio para a cidade de Patu com o objetivo de me matar. Nós tomamos conhecimento. Fomos atrás, mas, ele conseguiu fugir“, disse o delegado Sandro Reges.
Nesta quarta-feira, um dos homens presos em companhia do médico, identificado como Leonardo, disse em depoimento, que a pessoa que esteve em Patu para matar o delegado, foi assassinado por não ter logrado êxito na ação.
“O Leonardo contou que em virtude disso e de outras coisas, o Dr. Wilson Jales, teria mandado matar esse rapaz na cidade de Areia Branca, ou seja, a pessoa que ele contratou para me matar e que já tinha praticado outros dois homicídios em Patu, foi morto pelo próprio Dr. Wilson, ele mandou matá-lo“, disse.
Ainda segundo o delegado Sandro Reges, já existia uma investigação em curso por causa das denúncias de que o médico tinha interesse em sua morte.
“A Polícia tinha denúncias anônimas que eram feitas para o Disk 100 e eu tenho mensagens de áudio ele dizendo que iria me matar. Já faziam tempo que ele vivia me ameaçando e por isso era investigado“, relatou.