A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu dar prosseguimento a um pedido de impeachment contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, apresentado após a divulgação da íntegra da gravação da reunião ministerial de 22 de abril. No encontro, uma reunião a portas fechadas com a cúpula governista, Salles sugere aproveitar a “oportunidade” da pandemia do novo coronavírus para “ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas” de proteção ambiental.
A reportagem entrou em contato com o Ministério do Meio Ambiente mas não teve resposta até a noite de sábado, 6.
Na sexta-feira, o vice-procurador geral da República, Humberto Jaques de Medeiros, determinou a instauração de uma “notícia de fato”. Isso significa que a notícia-crime contra o ministro, apresentada pelo deputado federal Célio Studart (PV-CE), passou pela análise prévia da procuradoria, que entendeu que os fatos narrados podem configurar ato ilícito e merecem averiguação.
Cabe à PGR apresentar eventual ação penal contra o ministro junto ao Supremo Tribunal federal (STF).
Em nota, Studart afirmou que as declarações “mostram que Salles é um inimigo do meio ambiente e cometeu crime de responsabilidade passível de impeachment“.
CNN