O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que há cinco empresas interessadas na privatização dos Correios. Segundo ele, a varejista Magazine Luiza, a gigante americana do e-commerce Amazon e as empresas de logística estrangeiras DHL e FedEx estão interessadas na compra da estatal. Embora tenha dito cinco interessadas, o ministro citou nominalmente apenas quatro empresas. “Nós iremos privatizar os Correios. Está na ordem do dia“, disse o ministro em uma transmissão realizada pelo site de investimentos Traders Club.
Faria disse o governo deve encaminhar ao Congresso Nacional o projeto para acabar com o monopólio dos Correios nos serviços postais. De acordo com ele, os parâmetros da privatização serão debatidos pelos parlamentares, incluindo a composição acionária da empresa com a privatização e as obrigações na oferta dos serviços postais. com base nos estudos de consultoria contratada pelo BNDES.
“Já tem cinco players interessados. A Magalu é um deles. O Amazon, a DHL, Fedex… já tem pessoas, grupos interessados na aquisição dos Correios. E isso aí é importante. Nós não teremos um processo de privatização vazio“, afirmou o ministro em entrevista a Rafael Ferri, do canal Café com Ferri. “Tem empresas interessadas em ocupar esse espaço e elas sabem que têm o bônus e o ônus“, disse, ressaltando que a estatal é uma “empresa saudável” com 98 mil funcionários.
Os Correios estão na lista de estatais a serem privatizadas. Segundo o ministro, há alguns motivos para a privatização: corrupção, interferências políticas na gestão da empresa, ineficiência, greves constantes e perda de mercado para empresas privadas na entrega de mercadorias vendidas pela internet.
O ministro também criticou a greve dos Correios e afirmou que, sendo um serviço “universal e essencial“, a estatal não deveria parar. “Se a empresa fosse privada, não tinha esse problema. Não é com greve que você consegue aumento“. Os funcionários dos Correios paralisaram as atividades em protesto contra a privatização e pela manutenção de benefícios trabalhistas.
“Estamos vivendo num momento em que todos precisam dar o seu melhor, não pode paralisar um serviço que entrega em todo lugar, inclusive equipamentos de higienização que ajudam no combate ao covid-19“.
Na entrevista, ele também disse ter pedido celeridade ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na avaliação sobre a venda de ativos da Oi.
Tribuna do Norte