A Fiocruz divulgou nota nesta quinta-feira (25) dizendo que o ofício que encaminhou à Comissão de Retomada de Eventos da Câmara Municipal de Salvador não afirma que o Carnaval do ano que vem pode ser realizado se 90% da população da capital baiana estiver vacinada. Segundo a instituição, esse número seria necessário só para iniciar a discussão e é apenas parte do que foi avaliado no parecer sobre o tema e a divulgação de trechos específicos tem gerado confusão.
Na nota, a Fiocruz diz que seu observatório Covid-19 destacou que “tudo dependerá do cenário no período que antecede o carnaval, a partir de janeiro”, levando aí em conta já os festejos de final de ano e impacto das férias escolares. Esse ponto mostra o grau de incerteza do momento, diz a instituição, o que impede afirmativas categóricas sobre o planejamento de um evento de dimensão do Carnaval.
“Assim, a recomendação de avanço da vacinação, a pelo menos 90%, seria o fator necessário para que fosse iniciada qualquer discussão, ou seja, atingida esta margem, será necessário avaliar outros fatores citados no documento, a exemplo, do controle da entrada de não vacinados e a testagem, uma vez que o evento atrai indivíduos de outras regiões do Brasil e de outros países”, diz a nota.
A Fiocruz reafirma que não se posicionou a favor da realização do Carnaval, já que as recomendações citadas no ofício sequer estão contempladas para dar início à discussão. A instituição diz ainda que está disponível para diálogo sobre o tema, visando preservação da saúde da população.
O debate sobre a realização do Carnaval em Salvador está em andamento e a expectativa é de uma decisão nesse final de novembro, prazo considerado necessário para a organização da festa pelos setores envolvidos. O prefeito Bruno Reis havia considerado positiva a recomendação de 90% da população totalmente vacinada, afirmando que Salvador deve chegar ao percentual até fevereiro.
Portal Correio (Salvador)