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Dados da PF colocam em xeque a permanência do diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Correa. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Dados da PF colocam em xeque a permanência do diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Correa. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Os investigadores da Polícia Federal (PF) reuniram evidências de que a atual cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) atuou para atrapalhar as investigações sobre o esquema de vigilância ilegal montado no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Os dados, que constam de relatório da PF, colocam em xeque a permanência do diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Correa, e seu número 2, Alessandro Moretti, no cargo.

Segundo relatório da PF, a Abin negou seguidas vezes informações solicitadas pela PF sobre o caso alegando sigilo, foram encontrados notebooks formatados e algumas demissões foram paralisadas.

Os investigadores também verificaram a existência de reuniões em que a atual cúpula da PF garantia aos envolvidos que as investigações tinham “cunho político” e que “iriam passar”.

Outra evidência é que a Abin fez uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que a investigação fosse deixada a cargo do próprio órgão. O documento é assinado por Moretti.

Procurada pela CNN, a Abin informou “há 10 meses a atual gestão vem colaborando com inquéritos da PF e do STF sobre eventuais irregularidades cometidas no período de uso de ferramenta de geolocalização, de 2019 a 2021”.

E acrescentou que “a Abin é a maior interessada na apuração rigorosa dos fatos e continuará colaborando com as investigações”.

AgoraRN

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