A Câmara Municipal de Natal vai promover uma audiência pública, no próximo dia 15 de março, para debater e tentar propor soluções para os comerciantes e moradores que residem no início da Av. João Francisco da Mota, que dá acesso ao Km-06 da BR-226, na zona Oeste da cidade. A iniciativa foi proposta pela vereadora Camila Araújo, moradora da região.
O local está em obra, que faz parte dos serviços de requalificação viária do entorno do Viaduto da Urbana. O prazo inicial era de 28 dias, mas até agora, seis meses depois, continua sem conclusão.
“Isso tem nos afetado muito e, infelizmente, pelo que a gente vê vai continuar afetando por muito mais tempo. Hoje está tudo parado e nós estamos tendo muito prejuízo com essa situação”, diz o empreendedor Kadson Lopes, proprietário de uma pizzaria localizada na entrada do Bairro Nordeste.
Ele diz que, desde agosto do ano passado, quando o local começou a ser interditado para as obras, o faturamento do seu comércio caiu mais de 50%, já que o acesso físico dos clientes ao estabelecimento está impossibilitado. “Estamos trabalhando só com entrega. Acabou o movimento na loja”, diz o empresário.
A obra também afeta os moradores do Bairro Nordeste. Nesse trecho, entre o Viaduto da Urbana e a ponte sobre o Rio das Lavadeiras, nas Quintas, fica o principal acesso ao bairro. “Quem mora na nossa comunidade perdeu essa mobilidade e esse atraso na obra tem afetado em cheio os comerciantes aqui dessa região. Alguns já tiveram que fechar as portas porque o faturamento caiu a ponto de não cobrir mais as despesas”, diz o presidente do Conselho Comunitário do Bairro Nordeste, Manoel Eduardo.
Audiência. A audiência pública para debater as “Obras na Avenida Industrial João Francisco da Mota e suas implicações para a população de Natal” foi marcada para o dia 15 de março, uma sexta-feira, e deve reunir moradores, comerciantes e representantes da Prefeitura do Natal. O objetivo é encontrar soluções para amenizar os impactos causados pelas obras.
“Precisamos pensar em soluções para acelerar essas obras, cobrar da empresa responsável mais celeridade e também pensar em algum tipo de socorro imediato para essas pessoas. Tem comerciante pagando IPTU altíssimo com o seu comércio de portas fechadas, sem faturar, em virtude de uma obra que começou sem nenhum aviso prévio e sem planejamento algum para mitigar os impactos financeiros e ambientais causados”, comenta a vereadora Camila Araújo.
AgoraRN