Dez cidades do México registraram altas de temperaturas recordes, incluindo a capital, informaram as autoridades nesta sexta-feira, em meio a uma onda de calor escaldante que levou a rede elétrica ao limite e provocou apagões em todo o país.
Na capital, Cidade do México, maior metrópole da América do Norte, normalmente temperada e de alta altitude, os termômetros atingiram 34,3 graus Celsius na quinta-feira (9), um décimo de grau a mais do que o recorde atingido apenas um mês antes.
A vizinha Puebla quebrou seu recorde anterior de 34,3°C, estabelecido em 1947, ao atingir 35,2°C na quinta-feira.
Em Ciudad Victoria, no Estado de Tamaulipas, na fronteira norte, em frente ao Texas, nos Estados Unidos, a temperatura atingiu 47,4°C na quinta-feira, quebrando o recorde anterior estabelecido em 1998.
O calor intenso causou apagões de várias horas em algumas áreas do México nesta semana, principalmente no norte, e fez com que as aulas fossem suspensas no Estado central de San Luis Potosi, que nesta semana atingiu 50°C.
Em um relatório semanal publicado na quinta-feira, o Ministério da Saúde do México relatou sete mortes relacionadas ao calor entre o início dessa temporada, em 17 de março, e 4 de maio, número que pode aumentar após as brutais temperaturas desta semana.
A mudança climática causada pelo homem e o El Niño têm aumentado as temperaturas em todo o mundo e causado ondas de calor mortais.
O órgão regulador do sistema elétrico do México emitiu vários alertas nesta semana, enquanto a demanda em algumas partes do país excedia a oferta.
Câmaras de negócios e analistas do setor criticaram os apagões, acusando o governo de não investir em redes de transmissão de energia ou em geração suficiente para atender à demanda.
O presidente Andrés Manuel López Obrador, que deixa o cargo em outubro, descreveu os apagões como “excepcionais” e garantiu que o México tem capacidade suficiente de geração.
A onda de calor ocorre em meio a uma grave seca em todo o país, que causou um agravamento da crise hídrica em boa parte do México, colocando a água no centro das discussões para as eleições gerais de junho.
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Agência Brasil