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O primeiro-ministro esloveno, Robert Golob, fala em conferência de imprensa sobre o reconhecimento do Estado palestiniano, em Liubliana, Eslovénia, a 30 de maio de 2024. REUTERS/Borut Zivulovic
© REUTERS/Borut Zivulovic

O governo da Eslovênia aprovou neste sábado (30) uma moção de reconhecimento do Estado palestino e pediu ao Parlamento que faça o mesmo, dois dias após o reconhecimento por parte de Espanha, Noruega e Irlanda.

O primeiro-ministro Robert Golob disse hoje que o seu governo enviou a proposta de reconhecimento ao Parlamento, que poderá reunir-se já na próxima semana. A aprovação parlamentar é necessária para que a medida entre em vigor.

A coligação liberal de Robert Golob, no poder, dispõe de uma confortável maioria na assembleia de 90 membros, e a votação deverá ser uma formalidade.

A decisão do governo esloveno surge apenas dois dias depois de a Espanha, a Noruega e a Irlanda terem reconhecido a existência de um Estado palestino, uma medida que foi condenada por Israel.

Com essa decisão, a Eslovênia se tornará o décimo membro da União Europeia (27 países) a reconhecer oficialmente o Estado palestino.

A Noruega não é membro da UE, mas a sua política externa está normalmente alinhada com o bloco.

A Eslovênia iniciou o processo de reconhecimento no início de maio, mas disse que iria esperar até que a situação no conflito entre Israel e o Hamas em Gaza melhorasse.

No entanto, Golob disse, esta semana, que acelerou o processo em reação aos últimos ataques de Israel a Rafah, que provocaram a fuga de mais de 1 milhão de palestinos.

Mais de 140 países reconhecem um Estado palestino – mais de dois terços das Nações Unidas.

O reconhecimento de um Estado palestino fez cair a pique as relações entre a UE e Israel. A Espanha e a Irlanda fazem pressão para que a UE tome medidas contra Israel pelos seus contínuos ataques a Rafah, no Sul de Gaza.

Portugal não faz parte do grupo de países que reconhecem a Palestina como Estado.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelense 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1,2 mil mortes, segundo Israel.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, disse que a ofensiva lançada por Israel depois do ataque já provocou mais de 36,2 mil óbitos e a destruição de muitas infraestruturas do enclave palestino.

Pelo menos 81.777 pessoas ficaram feridas no território palestino devastado, a maioria (cerca de 75%) mulheres e crianças, à medida que os bombardeamentos israelitas prosseguem.

*É proibida a reprodução deste conteúdo

Agência Brasil

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