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Na manhã desta quarta-feira (21), o Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) participou de um evento promovido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) e pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Potengi. O encontro, realizado no Instituto Federal do RN (IFRN), campus São Paulo do Potengi, abordou o projeto de mineração no assentamento Potengi e os usos múltiplos da água do açude Campo Grande, também localizado em São Paulo do Potengi.

A abertura do evento contou com a presença do diretor-técnico do Igarn, Procópio Lucena; da diretora administrativa, Nayara Caína; do secretário adjunto da Semarh, Auricélio Costa; e do diretor do campus do IFRN em São Paulo do Potengi, Renato Dantas.

Nayara Caína expressou sua satisfação com o evento, destacando a importância do diálogo entre os órgãos gestores de água e a comunidade local. “Eu fico muito feliz em participar desse momento democrático, em que nós, dos órgãos gestores de água, estamos reunidos com a sociedade civil de São Paulo do Potengi, os movimentos sociais e outras instituições de governo, discutindo um bem coletivo e essencial para nossa sobrevivência: a água”, afirmou.

Procópio Lucena, coordenador do evento, ressaltou a importância do debate sobre a instalação da empresa de mineração e o uso das águas do reservatório Campo Grande. “Este é um momento de reflexão sobre as vantagens e desvantagens desse empreendimento. Queremos ouvir todas as perspectivas, tanto positivas quanto negativas, e discutir também o uso das águas do reservatório Campo Grande”, declarou.

Auricélio Costa, secretário adjunto da Semarh, enfatizou a importância da mobilização do Comitê da Bacia Hidrográfica do Potengi e a necessidade de envolver todos os segmentos interessados. “É crucial que o CBH Potengi tenha envolvido todos os setores que tratam dessa questão. Devemos encontrar soluções que preservem as reservas hídricas, os recursos naturais e, principalmente, atendam às necessidades das 240 famílias do PA Potengi. Não se pode deslocar uma quantidade tão grande de pessoas sem resolver todas essas questões”, destacou.

Renato Dantas, diretor do IFRN, também abordou a importância de avaliar os impactos do empreendimento. “Todos estão preocupados com a implantação desse projeto, que afetará a vida de todos. Precisamos ter maturidade para compreender a dimensão do impacto e buscar soluções adequadas”, observou.

O representante do PA Potengi expressou a preocupação com a possível relocação dos assentados. “Estamos habituados à nossa área atual e, possivelmente, seremos realocados para outros assentamentos. Queremos transparência e que nossos pedidos sejam atendidos, pois não é fácil viver 27 anos em uma comunidade e, em breve, ser deslocado para outra”, comentou.

O debate contou com a participação do superintendente estadual do Incra, Adans Santiago; do representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário no RN, Ernani Reis; da supervisora do núcleo de mineração do Idema, Ana Valéria de Medeiros; da Agência Nacional de Mineração (por vídeo); além de representantes da Emater, Caern, das Federações FETARN, FETRAF e dos Pescadores do RN; sindicatos; a Colônia dos Pescadores; o prefeito de São Paulo do Potengi, Eugênio Pacelli; Râmida Raiza (representando o prefeito Joãozinho Furtado de Serra Caiada); vereadores; o Território Potengi; o Comitê da Bacia Hidrográfica do Potengi; secretários municipais e a sociedade civil organizada.

Ao final do encontro, foi decidido que novos debates serão realizados em diferentes cidades, com a participação de um maior número de autoridades e da sociedade organizada.

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