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Um novo capítulo da engorda de Ponta Negra foi debatido nesta segunda-feira (09). A Prefeitura de Natal convocou coletiva para anunciar que um laudo preliminar feito pela Fundação Norte-rio-grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) apontou que há uma alta probabilidade de a jazida não ter quantidade de areia adequada suficiente para a obra.

“Nós tínhamos um laudo de 2015 e 2022 da empresa Tetra Tech, uma empresa que é uma multinacional na área de oceanografia, com sede em cinco países na América do Sul, que disse que a jazida licenciada tinha aproximadamente 9 milhões de metros cúbicos, sendo 7 milhões com areias fina e média, apropriada para aterros hidráulicos”, explicou Thiago Mesquita, secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal.

“Quando vai executar, isso acontece em qualquer aterro hidráulico, se verifica mais uma vez, mesmo já emitida a licença, pode dragar, pode mexer, se verifica mais uma vez a possibilidade de aquilo que foi apontado nos dois laudos anteriores. Verificou através das análises ainda não conclusivas, mas bem avanças, de que o material tem bastante cascalho, calcário, e não seria apropriado colocar como aterro hidráulico na praia”, acrescentou.

De acordo com a administração municipal, está sendo feita uma busca para uma nova jazida. Ao todo, segundo os dados da prefeitura, são necessários 1 milhão de metros cúbicos de areia para cobrir os quatro quilômetros da orla da principal praia da capital potiguar, entre as proximidades do Hotel Serhs e o Morro do Careca.

“Primeiro, a jazida licenciada é uma jazida que existe a possibilidade de ter material. Temos que ver se a quantidade é suficiente para compor o que vamos precisar. Segundo, que a área que está licenciada não é só a jazida. A área diretamente afetada é a área do Serhs até o Morro do Careca e não se mexe nisso. Os estudos que foram feitos contemplam essa área. Mas uma área de influencia direta e indireta do empreendimento. Estamos avaliando os cenários, as questões do procedimento e licenciamento. Encaminhamos ao Idema no sábado mesmo a informação do laudo parcial da Funpec e estaremos fazendo aquilo que é necessário em termos de licenciamento”, detalhou.

A obra foi paralisada em 03 de setembro, quatro dias após ser iniciada, após o problema ser identificado na jazida. No primeiro dia de suspensão dos serviços, chegou a circular que a draga havia quebrado. No entanto, a informação foi negada pela Prefeitura de Natal.

“Temos três grandes forças para poder buscar as alternativas locacionais de uma possível nova jazida. O próprio município, que tem se empenhado, com a alternativa de mergulhadores. A DTA com a draga, que tem multifuncionalidade e está ajudando a identificar bolsões de material adequados e também a própria Funpec. Tudo isso tem sido feito. A obra não está parada. O contrato está vigente. Faz parte do início do aterro hidráulico esse tipo de diagnóstico”, esclareceu Mesquita.

Em relação à empresa que fez os estudos iniciais, Mesquita afirmou que “já houve uma conversa com a empresa. Estaremos notificando de forma extrajudicial para tomar as medidas administrativas legais cabíveis. Se necessário, judicialmente. O município vai trabalhar naquilo que é necessário para garantir a segurança ao erário público”.

Por fim, ele pontuou que ainda não há previsão de aumento no custo da obra, estimado em R$ 108 milhões, sendo R$ 67 milhões apenas da engorda. O restante do valor engloba o enrocamento e a drenagem. “Por causa dessa situação inicial, não. Quanto mais tempo passa, a gente pode ter um custo elevado da obra, um aumento do custo, mas isso tem sido, nesse primeiro momento, administrado com mais tranquilidade. Vamos esperar a conclusão do laudo ou da alternativa locacional para que a gente possa dar com mais segurança esse tipo de informação”, completou.

A engorda, que tem  como um dos principais objetivos impedir o avanço do mar que vem aumentando a erosão do Morro de Careca, prevê o alargamento da faixa de areia em aproximadamente 100 metros na maré baixa e 50 metros na maré alta.

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