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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse neste domingo 22 que seu país atingiu o grupo armado libanês Hezbollah “de formas que eles não poderiam imaginar”. “Se eles ainda não entenderam o recado, eu prometo, eles vão entender”, afirmou o premiê.

Tel Aviv e o Hezbollah realizaram uma intensa troca de mísseis e foguetes ao longo da manhã. As Forças Armadas israelenses afirmam ter atingido 290 alvos e destruído milhares de lançadores de foguetes do grupo armado no sul do Líbano.

Primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu / Foto: ReproduçãoPrimeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu / Foto: Reprodução

Primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu / Foto: Reprodução

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, havia dito na semana passada que os ataques contra o Hezbollah fazem parte de uma “nova fase” na guerra entre seu país e o Hamas, na Faixa de Gaza. No domingo, ele reafirmou essa estratégia, escrevendo no X que “a sequência de ações dessa nova fase vai continuar até que nosso objetivo seja cumprido: o retorno de moradores do norte [de Israel] para suas casas”.

Israel removeu cerca de 60 mil pessoas de vilarejos próximos à fronteira com o Líbano desde que ataques de foguetes do Hezbollah se intensificaram, e o governo Netanyahu vem sofrendo pressão política para que os moradores possam voltar —a oposição acredita que isso só será possível por meio de negociações e diplomacia, não mais ações militares. Milhares de libaneses também deixaram suas casas.

Os ataques ao longo da semana aumentam a tensão no Oriente Médio mais uma vez e ameaçam ampliar a guerra que começou em 7 de outubro de 2023. A ONU já fala em “catástrofe iminente” sem “solução militar que vá tornar algum dos lados mais seguro”.

O Hezbollah, por sua vez, afirma que vai continuar atacando Israel até que haja um cessar-fogo na Faixa de Gaza —a milícia é aliada do grupo terrorista palestino Hamas, e os dois são apoiados pelo Irã, arqui-inimigo de Tel Aviv.

O grupo libanês disparou mais de 100 mísseis contra o norte de Israel na madrugada de domingo, e afirmou ter atacado instalações de produção industrial e uma base aérea perto de Haifa. As Forças Armadas de Israel dizem que os foguetes foram disparados “em direção a áreas civis”. O sistema de defesa antiaérea conhecido como Domo de Ferro interceptou a maior parte dos ataques.

O grupo armado disse em um comunicado que o lançamento de foguetes contra a instalação industrial em Haifa faz parte de sua resposta inicial às explosões de pagers e walkie-talkies dessa semana, um ataque que deixou quase 40 mortos e 3.000 feridos, e foi descrito como uma ação terrorista pela ONU, a União Europeia e o Líbano.

O Hezbollah também afirmou que durante a noite atacou duas vezes a “base e aeroporto de Ramat David”, a cerca de 45 quilômetros da fronteira, com dezenas de foguetes Fadi-1 e Fadi-2 “em resposta aos repetidos ataques israelenses direcionados a diferentes regiões libanesas e que causaram a morte de muitos civis”. Ramat David é um alvo no interior do território israelense —o Hezbollah costuma direcionar seus foguetes a alvos próximos à fronteira entre Israel e o Líbano.

Israel também foi alvo de ataques por parte do grupo Resistência Islâmica, que atua no Iraque e diz ter lançado mísseis e drones de longa distância contra o país no domingo em apoio ao Hezbollah.

Tel Aviv confirmou que mais de cemprojéteis foram disparados do Líbano nas primeiras horas da manhã de domingo e acrescentou que os bombeiros estavam trabalhando para apagar as chamas provocadas pelas munições que caíram.

Com informações da Folha de São Paulo

AgoraRN

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