Os ministros de Finanças e Saúde do G20 anunciaram a necessidade de ações coordenadas para enfrentar o surto de Mpox na África. A iniciativa responde aos apelos do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (África CDC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), que se mostraram preocupados com o impacto da doença, principalmente em crianças e pessoas vivendo com HIV/AIDS.
“Nós, em estreita coordenação com o África CDC e a OMS, estamos comprometidos em proteger a saúde e a vida da população africana e prevenir a disseminação adicional do Mpox. Estamos particularmente preocupados com o impacto significativo já causado por este surto, especialmente em crianças (60% dos casos) e pessoas vivendo com HIV/AIDS, que estão enfrentando os piores desfechos”, afirmaram os ministros.
Causada pelo vírus monkeypox, a doença Mpox pode ser transmitida entre pessoas e por objetos contaminados. Em áreas onde o vírus está presente em animais selvagens, humanos podem ser infectados ao entrar em contato com esses animais.
Entre as medidas propostas, estão o apoio aos esforços coordenados da OMS e do África CDC; a criação de um rastreador global de financiamento com o Banco Mundial; a avaliação do impacto econômico dos países afetados e a definição de etapas para acessar recursos financeiros existentes para combater o surto.
Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a iniciativa reforça a prioridade da presidência brasileira do G20 em combater as desigualdades globais. “É crucial que estejamos ao lado dos nossos irmãos africanos nesses tempos desafiadores”, afirmou.
A declaração destacou ainda o papel da Força-Tarefa Conjunta de Finanças e Saúde do G20 (JFHTF), criada após as lições da pandemia de covid-19, como plataforma para coordenar a resposta a crises de saúde globais. Um relatório técnico será apresentado na Reunião Ministerial de Finanças e Saúde, marcada para 31 de outubro, no Rio de Janeiro.
AgoraRN