Com o mundo contemporâneo chegou a mudança de padrão de consumo. Quase todo mundo compra pela internet. Com isso, lojistas e colaboradores precisaram se qualificar para dominar essa nova ferramenta. A Federação do Comércio, de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomércio RN), sendo uma entidade de grande representividade, entendeu a importância de qualificar profissionais oferecendo uma grande variedade de cursos profissionalizantes por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac RN) como: tecnologia aplicada aos negócios, marketing digital e atendimento ao cliente pelas redes sociais.
O Senac ampliou também o portfólio de cursos e se tornou referência em capacitações sobre Inteligência Artificial. Atualmente, conta com cursos sobre IA voltados não apenas para marketing e gestão, mas também para design, educação e tecnologia da informação. O Sistema Fecomércio ainda desenvolve uma série de ações para garantir que os negócios locais façam o melhor uso possível da tecnologia. Em junho deste ano, por exemplo, foi publicada uma cartilha com orientações sobre a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) – um assunto cada vez mais importante, diante do papel que a tecnologia tem na vida das pessoas. “No Rio Grande do Norte, onde cerca de 90% das empresas são de micro e pequeno porte, investir no atendimento pelas redes sociais e adotar ferramentas de Inteligência Artificial podem ser um grande diferencial competitivo”, afirma Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio RN.
As últimas pesquisas de intenção de compras desenvolvidas pelo Instituto Fecomércio RN (IFC) indicam que uma parcela significativa dos consumidores potiguares prefere as compras pela internet, buscando conveniência e praticidade. Para se ter uma ideia, 14,4% dos natalenses entrevistados pelo IFC nas vésperas do Dia dos Pais pretendia comprar presentes pela internet. No Dia dos Namorados, 16,9% esperavam ir às compras online.
Em Natal, as empresas que desejam continuar vendendo bem precisam desenvolver novas formas de relacionamento com os clientes. É a transformação digital dos negócios. O comércio eletrônico ganhou peso. É possível fazer pesquisa de preço com facilidade, comprar a qualquer hora produtos baratos ou até aqueles com valores elevados como um aparelho celular de última geração.
O e-commerce (formato de negócios onde todo o processo de venda de um produto ou serviço acontece pela internet) possui inúmeras vantagens: praticidade, baixo investimento inicial, funciona 24 horas, captação de clientes, melhor relacionamento com o consumidor entre outras. “Os negócios do Comércio de Bens, Serviços e Turismo devem estar preparados para essa realidade, que vem provocando mudanças radicais em nossos hábitos de consumo”, enfatiza Marcelo Queiroz.
O professor de Gestão e Negócios da Universidade Potiguar, Manoel Lopes, explica que o e-commerce se consolidou como um pilar fundamental no comércio global, especialmente após a pandemia, que acelerou a digitalização do varejo. O comportamento do consumidor moderno mudou. Grande parte dos clientes prioriza a conveniência, rapidez e a possibilidade de comparar produtos de forma prática. “O comércio on-line não é apenas uma oportunidade, mas uma necessidade para a sobrevivência e competitividade das empresas, dada a obrigatoriedade das vendas pela internet em vários setores”, destaca.
Segundo Manoel, os dados do IBGE mostram que mais de 74% da população brasileira está conectada à internet e, mais de 50% dos consumidores brasileiros já compram produtos e serviços, por meio, do comércio eletrônico. “Os clientes pesquisam e comparam antes de realizar uma compra, mesmo que finalizem em uma loja física. Só em 2023, o faturamento do e-commerce brasileiro chegou a R$ 196 bilhões, representando um aumento de 4% em relação a 2022”, acrescenta o professor.
Gabriela Dias entende bem de e-commerce. Com quase 200 mil seguidores em um perfil da loja de bijuterias finas e semi-joias que é proprietária em Cidade Alta, zona Leste de Natal, a empresária tem visto o faturamento crescer. “Hoje, a presença do digital é indispensável. Não é só a venda. Diariamente, trabalhamos em nossas redes pra captar novos clientes, formando parcerias, trabalhando o marketing de influência e o tráfego pago”, conta.
Assim como Gabriela, o empresário Anacleto Ribeiro, dono de um restaurante na mesma região, garante que o comércio eletrônico é o “caixa 02” da empresa. “Assim como o meu, grandes restaurantes em Natal também fazem vendas on-line. Quem não trabalhar dessa forma perde cliente”, considera.
Quando era mais novo, Anacleto decidiu investir em uma carreira que pudesse crescer. Fez o curso de garçon no Senac RN. “Foi a virada de chave. Mudou toda minha vida. Comecei a trabalhar e hoje tenho meu próprio negócio” e, reforça: “A minha próxima investida será um curso de Markenting Digital tamɓém no Senac. A qualificação em uma escola de renome nacional vai mudar minha vida novamente”.
