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Onda de calor, provocada pelo El Niño, pode fazer com que 2023 seja o ano mais quente. Foto: CNN/Reprodução.

Uma nova onda de calor começou a se estabelecer no último domingo 29, trazendo ar seco e quente para várias partes do Brasil. Nesta segunda-feira 30, as temperaturas devem se elevar ainda mais, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, de acordo com as previsões do Climatempo. Esta marca a oitava onda de calor do ano, que promete dias seguidos com qualidade do ar prejudicada, alto risco de queimadas e visibilidade reduzida, resultando em um céu com aparência mais clara.

Fenômeno deverá persistir até o dia 8 de outubro em grande parte do território nacional. A combinação de altas temperaturas e a ausência de chuvas poderá fazer com que a umidade do ar caia abaixo de 20% em várias capitais das áreas mais afetadas. As previsões indicam que, no Centro-Oeste, no interior paulista, no Tocantins e em partes do Nordeste, as temperaturas devem estar entre 3 a 5 °C acima da média, com máximas que podem chegar a 39 °C. Em cidades como Cuiabá e Corumbá, os termômetros podem marcar até 42 °C.

Uma frente fria está prevista para chegar na noite de quarta-feira 2, trazendo um alívio temporário nas temperaturas no Sul e em parte do Sudeste. Contudo, o calor deverá retornar com força no final de semana.

O fenômeno La Niña, se as tendências dos modelos de previsão estiverem corretas, provavelmente será fraco e talvez não se sinta os efeitos costumeiros, segundo a climatologista Francis Lacerda, do Instituto Agronômico de Pernambuco. O La Niña é marcado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico.ebcebc

De acordo com Francis, o La Niña provoca chuva no Nordeste do Brasil, e gera seca na Região Sul, em boa parte do Centro-Oeste e no Sudeste.

A climatologista explica que o fenômeno iniciou há dois meses o processo de resfriamento, porém em velocidade mais lenta que o habitual.

“O que a gente tem observado e os modelos de previsão do mundo inteiro indicam é que o La Niña este ano está atrasado, já era para estar um pouco mais avançado no tempo e a previsão é que seja uma La Niña fraca”, disse.

De acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a probabilidade do La Niña nos meses de outubro-novembro-dezembro aumenta para 60%.

Para o mês de outubro, a previsão do Inmet é quantidade de chuvas acima da média em grande parte da Região Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul do Rio de Janeiro e de Minas Gerais e deve haver volta gradual das chuvas para a parte central do país na segunda quinzena.

La Ninã deve trazer chuvas ao Norte

Quando não há presença de fenômenos atípicos, a primavera no país é marcada pelo aumento gradual das chuvas e do calor em todas as regiões, com exceção do Nordeste, onde o tempo fica seco e as temperaturas muito altas.

Já o La Niña costuma inverter essa lógica e leva muita chuva no Norte e no Nordeste, enquanto a região Sul fica mais quente e seca.

A última vez em que o fenômeno aconteceu, entre julho de 2020 e fevereiro de 2023, municípios no sul do estado da Bahia tiveram enchentes de grandes proporções. O oposto aconteceu nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que viveram uma seca severa que esvaziou os reservatórios de água.

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