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Rogério Marinho (PL), líder da oposição no Senado, em discurso na tribuna / Foto: Pedro França / Senado

O senador Rogério Marinho (PL) criticou o inquérito conduzido pela Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe de Estado. Ele acusou a instituição de não observar o princípio da presunção de inocência e de politizar as investigações. Em pronunciamento nesta sexta-feira 22, ele afirmou que o relatório da PF “revela” um pré-julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, sem apresentar provas “contundentes” do envolvimento do ex-mandatário.

“Já há um pré-julgamento, feito inclusive por aqueles que deveriam zelar pela Constituição brasileira. São os juízes que vão julgar esse caso, os ministros do Supremo Tribunal Federal, em especial Alexandre Moraes, que não tem nenhuma isenção para fazer esse julgamento, uma vez que ele é a suposta vítima, quem acusa, prejulga e, no final, dará uma sentença”, falou o senador.

Rogério refutou a alegação de que Bolsonaro teria incitado ou endossado qualquer tentativa de golpe, destacando que o ex-presidente não deu ordens para o ato, ao contrário do que sugerem os inquéritos. Ele disse que deseja que haja mais “isenção, transparência e celeridade” e que “o Ministério Público precisa ter a necessária isenção e a serenidade para se debruçar sobre os autos do processo e afastar as ilações, as narrativas. Havia um grupo de aloprados, que não teve adesão do presidente ou das Forças Armadas”.

O senador defendeu que “a Constituição precisa ser cumprida. Salta aos olhos que há uma narrativa. A Polícia Federal, no inquérito anterior, que fala sobre uma suposta tentativa de envenenamento e assassinato de autoridades da República, narra que há uma forte inteligência militar. Nesse mesmo inquérito, um major do Exército sequer conseguiu pegar um táxi em Brasília e que esses aloprados estão chateados porque Bolsonaro não dava a ordem de golpe, pelo contrário”.

INELEGÍVEL. Rogério Marinho também criticou o julgamento de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o declarou inelegível em processos relacionados a reuniões com embaixadores e comícios ao lado de empresários. E comparou o caso ao do presidente Lula (PT), que, segundo ele, foi “descondenado por um erro técnico”.

Líder da oposição no Senado, ele falou sobre o fortalecimento da direita conservadora no Brasil, destacou o crescimento do PL e as vitórias nas últimas eleições municipais. Rogério alertou que o aumento do poder da direita será crucial nas eleições de 2026. “Em 2026, a direita vai voltar com força. O Brasil precisa de normalidade democrática, e isso só acontecerá se conseguirmos garantir que a justiça seja feita”, frisou.

AgoraRN

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