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O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) incluiu na denúncia contra o prefeito de Natal, Paulinho Freire, e sua vice, além do ex-prefeito Álvaro Dias, áudios que indicam coerção a servidores para apoiar candidatos indicados pela gestão municipal. A informação foi divulgada pelo g1/RN.

Uma das gravações anexadas ao processo é do diretor da Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Município de Natal (Arsban), Victor Diógenes, cunhado de Álvaro Dias. No áudio, registrado durante uma reunião com servidores no dia 9 de agosto, ele teria ameaçado demitir comissionados e terceirizados que não seguissem a orientação política da gestão.

Se alguém tiver um posicionamento diferente, me avise. Vai ter que colocar o cargo à disposição, porque, senão, vai sobrar para mim (…). Vai chegar um aviso, vai chegar a demissão e vai ficar chateado comigo“, diz um trecho da transcrição do áudio incluído na denúncia.

Victor também teria alertado sobre uma reunião convocada pelo então prefeito Álvaro Dias para mobilizar apoio à candidatura de Paulinho Freire. “Quem não for, vai ter que justificar (…). A não ser os efetivos, todos são demissíveis“, afirmou.

O diretor da Arsban já havia sido denunciado por assédio eleitoral pelo Ministério Público do Trabalho durante o segundo turno das eleições. Ele chegou a ser exonerado, mas foi renomeado ao cargo no dia 1º de novembro.

Outro trecho do processo traz o depoimento de um servidor terceirizado, demitido no dia 8 de outubro, que afirmou que motoristas da agência transportavam servidores em veículos oficiais para eventos políticos e prestavam serviços à campanha em horário de expediente. O servidor disse que foi questionado pelo diretor por não participar dos atos políticos.

Além do áudio de Victor Diógenes, a denúncia do MPRN inclui outras gravações de diferentes pessoas, ampliando o leque de provas obtidas pelo órgão ministerial na investigação. Segundo o MP, os registros reforçam o argumento de abuso de poder político durante o processo eleitoral.

A denúncia pede a cassação dos mandatos de Paulinho Freire e sua vice, além da inelegibilidade de Álvaro Dias. O caso segue na Justiça Eleitoral.

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