O juiz do Tribunal Nacional espanhol José Luis Calama anunciou nesta terça-feira (29) que iniciou investigação para apurar se o apagão de ontem da rede elétrica pode ter sido um ciberataque às infraestruturas do país.
Caso se comprove esse cenário, o ato é crime de terrorismo, explicou.
O anúncio foi feito pouco depois de a empresa responsável pela gestão da rede elétrica de Espanha ter descartado a possibilidade de o apagão, que também afetou Portugal e o sul da França, ter sido provocado por um ato de sabotagem à companhia.
“Com as análises que pudemos realizar até agora, podemos descartar um incidente de cibersegurança nas instalações da Red Elétrica (REE”, disse o diretor de operações da empresa, Eduardo Prieto, em entrevista em Madri.
“Com as análises que pudemos realizar até agora, podemos descartar um incidente de cibersegurança nas instalações da Red Elétrica (REE”, disse o diretor de operações da empresa, Eduardo Prieto, em entrevista em Madri.
Prieto insistiu em que não foi detectada “nenhuma intrusão” nos sistemas de controle da companhia.
Segundo o diretor da REE, a empresa trabalhou desde segunda-feira com o Instituo Nacional de Cibersegurança da Espanha, em parceria com o Centro Nacional de Inteligência.
Na noite de ontem, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, admitiu não estar descartada nenhuma hipótese para explicar o apagão elétrico na Península Ibérica, um “desaparecimento súbito”, em “apenas cinco segundos”, de 15 gigawatts de produção.
“Nunca tinha acontecido uma queda a zero do sistema”, disse Sánchez, numa declaração ao país, após a segunda reunião do dia do Conselho Nacional de Segurança da Espanha.
“Nunca tinha acontecido uma queda a zero do sistema”, disse Sánchez, numa declaração ao país, após a segunda reunião do dia do Conselho Nacional de Segurança da Espanha.
“Estão sendo analisadas todas as causas potenciais sem descartar qualquer hipótese”, afirmou.
“O que provocou esse desaparecimento súbito do abastecimento” é algo que os especialistas ainda não conseguem explicar, acrescentou.
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Agência Brasil