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Luta de boxe durante a Olimpíada Paris 2024
02/08/2024 Richard Pelham/Pool via REUTERS
© Richard Pelham/Pool via REUTERS/Proibida reprodução

O boxe ainda tem a chance de conseguir uma vaga nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028, mas primeiro precisará resolver um amargo conflito a respeito da sua própria governança, disse à Reuters o presidente-executivo do Comitê Organizador dos Jogos, o LA28, Casey Wasserman, neste domingo (4).

A “nobre arte” tem sido um elemento quase sempre presente nos Jogos Olímpicos, mas não está no programa de Los Angeles depois que o Comitê Olímpico Internacional (COI) retirou o reconhecimento da Associação Internacional de Boxe (AIB) em junho passado.

“A história do boxe nos Estados Unidos e nas Olimpíadas é realmente poderosa e importante”, disse Wasserman em Paris, onde está sendo realizada edição deste ano da Olimpíada.

“A popularidade do boxe nos Estados Unidos é importante e sua capacidade de fazer com que crianças de todas as classes socioeconômicas possam participar é impactante e importante.”

“Sempre dissemos que temos que descobrir uma maneira de incluir o boxe nos Jogos em 2028, mas hoje… não está em nossa programação e ainda não temos um local para isso.”

O COI impediu que a AIB realizasse os torneios de boxe nos Jogos de Tóquio e Paris em meio a preocupações com a transparência, o que levou a uma guerra de palavras entre as entidades.

O COI pediu às federações que trabalhassem juntas para nomear uma federação internacional confiável, sendo a World Boxing a mais bem preparada para desempenhar essa função no momento.

“O COI quer ter certeza de que o boxe encontre seu caminho para a estabilidade como federação, para que possa ter um lugar permanente nos Jogos, sem todo esse vai e vem”, disse Wasserman.

A decisão da AIB de conceder prêmios em dinheiro aos pugilistas nos Jogos de Paris causou outro abalo nas relações entre as entidades.

Em outro desentendimento entre COI e AIB, os testes de gênero realizados pela AIB em duas boxeadoras durante os campeonatos mundiais do ano passado, que tiveram repercussão em Paris depois que polêmicas nas redes sociais se voltaram para a dupla, foram condenados pelo COI neste domingo como ilegítimos e sem credibilidade.

Embora a modalidade esteja contra as cordas, ela ainda não sofreu um nocaute, disse Wasserman.

“O acordo que temos com o boxe é que, se eles criarem uma situação em que tenham resolvido os problemas da federação, eles participarão do nosso programa”, disse ele.

“É o único esporte que tem tratamento exclusivo devido às circunstâncias únicas.”

“Nossos 36 esportes estão definidos. Se o boxe tiver condições, serão 37. Se não, serão 36.”

* É proibida a reprodução desse conteúdo.

Agência Brasil

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