O Hospital Oncológico do Seridó, localizado em Caicó, precisa passar por adequações urgentes para poder continuar com os atendimentos. A informação foi repassada ao Blog Sidney Silva, pelo coordenador de Hospitais da Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte, Carlos Albuquerque. Ele disse que o serviço de oncologia do estado está sendo redefinido e que atualmente, o Ministério da Saúde não reconhece o serviço prestado pelo Hospital Oncológico do Seridó.
“O Serviço de oncologia precisa estar dentro de um hospital geral. Ninguém, hoje em dia, sobrevive só de oncologia de forma isolada. Esse serviço de Caicó, se deixou ao longo dos anos para não causar trauma na população e a Liga produz aqui atendendo a população a quimioterapia e fatura pelo Centro de Alta Complexidade em Oncologia – Cacon em Natal. Ele não fatura aqui pela contratualização com a gestão Municipal, ou seja, com Caicó. O estado é quem paga a contratualização“, disse.
De acordo com Carlos Albuquerque, o Ministério da Saúde vem alertando para que a unidade se adeque o quanto antes. “Se a Liga entender e investir aqui, e, transformar esse serviço de oncologia num serviço dentro de um hospital geral, ele vai ser mantido e nós (Sesap) vamos trabalhar para habilitar o serviço junto ao Ministério da Saúde. Se não ocorrer a adequação, o serviço vai ficar isolado, sendo cobrado pelo Cacon e o Ministério da Saúde vai decidir se vai autorizar a cobrança como está agora ou não“, informa.
O coordenador de hospitais relatou que a situação não é fácil de se resolver e que a Liga Norte-riograndense de Combate ao Câncer não fez os investimentos necessários em Caicó para se tornar uma unidade de alta complexidade em oncologia e dentro do serviço de rede do estado. “Nós precisamos desconcentrar a Capital que tem vários serviços oncológicos e distribuir esse serviço no interior. Então, precisa que o gestor da Liga diga que tem interesse de fazer o serviço, se não tiver, possivelmente, a região do Seridó, passará a ser atendida pela região da Paraíba, aonde está sendo construído um Centro de Alta Complexidade em Oncologia – Cacon e um Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia – Unacon. Se Caicó não se adequar, corre o risco de ter a unidade fechada“.