17 dos 28 ministros devem ser trocados pelo presidente Michel Temer na reforma ministerial que será realizada pelo governo. A informação foi dada nesta terça-feira (14) pelo senador Romero Jucá, líder do governo no Senado. Jucá comentou o pedido de demissão de Bruno Araújo (PSDB) do Ministério das Cidades. Segundo, ele a decisão, acabou “precipitando” o debate sobre a reforma ministerial.
“Eu acho que acelera porque na verdade precipita uma discussão tendo em vista que já há ministério vago. Então, o presidente está avaliando, está discutindo como vai fazer. É uma reforma ampla, são 17 ministérios que ficarão vagos no prazo que o presidente determinar. Então cabe ao presidente começar esse processo e ele vai definir o ritmo das mudanças”.
Bruno Araújo se demitiu do governo, na segunda-feira (13) alegando não haver mais apoio do PSDB para que ele permaneça no cargo. Perguntado se o governo Temer não estaria repetindo as mesmas praticas de governos petistas no remanejamento de ministérios para atender políticos, Jucá respondeu.
“A reforma ministerial pressupõe o rearranjo da base partidária. A base partidária é feita com os partidos, não é só no governo do PT, ou no governo do PMDB, foi assim no governo do PSDB também. A democracia partidária leva as bases a ocuparem espaços partidários, espaços políticos, espaços no executivo. Agora, nós temos que ocupar esses espaços com bons nomes”.
As mudanças nos comandos dos ministérios devem atingir, principalmente, os ministros que pretendem disputar as eleições em 2018. Nestes casos, de acordo com a legislação, os políticos precisam deixar os cargos até, no máximo, seis meses antes da eleição, ou seja, no mês de abril do ano que vem.