Uma estudante de 18 anos, que preferiu não se identificar, disse que o policial militar Luiz Pereira da Silva Neto, de 27 anos, que foi filmado ao dar um soco no rosto dela em uma academia, disse que ele a agrediu porque a mulher dele queria fazer exercício em aparelho que ela estava.
O caso aconteceu em uma academia do Setor Central, em Goiânia. O g1 entrou em contato com o policial por mensagem e por ligação, na noite da última terça-feira (28) em busca de um posicionamento, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Em nota, a Polícia Militar disse que o policial estava de folga e informou que determinou a instauração de um procedimento administrativo para apurar as circunstâncias que envolveram a agressão, além de ter adotado ‘todas as providências cabíveis’ (leia nota completa abaixo).
A jovem contou que já viu o policial na academia, mas não o conhecia e, momentos antes da agressão, disse à mulher dele que usava o aparelho, mas estava descansando no intervalo entre as séries de exercícios. “Ela voltou para perto do homem e começou a falar: ‘Ela não tá treinando, tá mexendo no celular’. Nessa hora eu olhei para trás e falei que estava treinando sim, só estava descansando. Depois disso o homem começou a me encarar e não parou de me encarar enquanto eu não saí do aparelho”, detalhou.
De acordo com a jovem, mesmo após sair do aparelho, o policial continuou encarando, até que ela foi encontrar os amigos dela. Pelo vídeo, é possível ver que, enquanto conversava com os rapazes, o agressor foi até ela. “O cara chegou e começou a gritar comigo me mandando criar vergonha e eu disse para ele criar vergonha. Ele encostou em mim e me empurrou. Eu ‘empurrei ele’ de volta e nisso ele me deu um soco. Eu empurrei só porque ele me empurrou. Estou muito mal”, falou.
g1