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A Palestinian woman holds a white flag while evacuating with a group of civilians from the north of the Gaza Strip towards south, amid the ongoing conflict between Israel and Palestinian Islamist group Hamas, in the central Gaza Strip November 7, 2023. REUTERS/Ahmed Zakot
© REUTERS/Ahmed Zakot

Mais de 50 mil palestinos se deslocaram do norte para o sul da Faixa de Gaza nas últimas 24 horas através da única passagem autorizada pelos israelenses. Com isso, sobe para 72 mil o número de deslocados, de acordo com as Nações Unidas (ONU).

O relatório diário do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) indica que, pelo quinto dia consecutivo, o Exército de Israel continua ordenando aos habitantes do norte do enclave para que se dirijam ao sul.

São “centenas de milhares de pessoas” que continuam na zona que Israel pretende que se desloquem em direção ao sul do território através da estrada de Saladino, a principal via da região.   

Segundo a ONU a retirada é cada vez mais numerosa, tendo aumentado nos últimos dias.

“Os combates, os bombardeios na estrada continuam colocando em perigo os deslocados e há testemunhos que indicam a existência de cadáveres junto na pista”, diz o relatório.

A ONU sublinha que a passagem entre o norte e o sul e que atravessa o rio de Gaza continua aberta, mas apenas entre as 10h e as 14h (horário local).

A maioria dos deslocados faz o percurso a pé, caminhando “quatro ou cinco quilômetros” sendo que os que viajam de automóvel são obrigados a abandonar os veículos na rotatória Al Kuwaiti, no extremo sul da cidade de Gaza.

O documento da ONU reitera que a situação dos hospitais da parte norte de Gaza é crítica. Entre eles está o Al Quds, que foi obrigado a cancelar todas as cirurgias por falta de combustível.

O outro hospital da região (Al Auda) é o único que oferece serviços de maternidade no norte do enclave, mas dispõe de reservas de combustível apenas para as próximas 30 horas.

*É proibida a reprodução deste conteúdo

Agência Brasil

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