A Assembleia do RN produz leis inócuas. No fim do ano, aprovou mudança na aplicação de multas em semáforos de madrugada. Porém, a competência para legislar sobre isso é federal. Autor da proposta, o deputado estadual José Dias (PSDB) não pode alterar o Código Brasileiro de Trânsito.
Em outra ocasião, também recentemente, passou legislação a respeito da proibição de mulheres trans em competições femininas, questão também de competência federal. O projeto, que mais parece uma lorota, foi movida pelo Coronel Azevedo (PL). Sempre ele. Ambas foram vetadas por vícios óbvios.
Este tipo de comportamento serve apenas para insuflar torcidas. No caso, radicais. Porém, seria necessário que a Comissão de Constituição da Casa fizesse seu trabalho. Também as câmaras técnicas. Do contrário, tempo e recursos acabam sendo desperdiçados.

POSSIBILIDADE DE MUDANÇA EM PARNAMIRIM

Após 20 anos do mesmo grupo se sucedendo em Parnamirim, terceira cidade do RN, há possibilidade concreta de alteração eleitoral em 2024 no município.

Lá, a pré-candidata Professora Nilda vem liderando todas as pesquisas. No pleito de 2020, ela já ficou apenas 8 pontos atrás do vencedor, o prefeito Rosano Taveira.

O cenário era outro. Ele estava bem avaliado e ia para a reeleição. Agora, a avaliação da gestão caiu e ele precisa fazer sucessor.

Além disso, o grupo da professora é muito maior do que o formado em 2020, juntando deputados, senadores e partidos de peso.

Sim, o grupo de Taveira ainda tem chances, claro. Não estamos falando de uma eleição resolvida.
Está tudo aberto. Mas a possibilidade de mudança é concreta, talvez a mais verossímil das últimas décadas.

Taveira ainda não tem um candidato para chamar de seu, mas muitos nomes querendo. Ou seja, além de ter de correr atrás do tempo perdido, assim que apontar alguém, terá de administrar descontentamentos e, possivelmente, perderá outros soldados para o outro lado. É uma eleição para ficar de olho em 2024.