O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados políticos divulgaram durante o Carnaval um vídeo nas redes sociais em que ele convoca um ato em São Paulo para se defender “de todas as acusações imputadas” a ele “nos últimos meses”. Bolsonaro afirma que será um ato pacífico e em “defesa do nosso Estado democrático de direito”. A manifestação foi convocada para 25 de fevereiro, na Avenida Paulista.
No vídeo, o ex-presidente pede para que os aliados “não compareçam com qualquer faixa ou cartaz contra quem quer que seja”. Ele sugere que os participantes usem verde e amarelo.
O ex-presidente foi um dos alvos da operação da Polícia Federal que mira o grupo que tentou dar um golpe após as eleições de 2022. Bolsonaro teve de entregar o passaporte.
Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, o ex-presidente poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.
Ontem, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que irá à manifestação. “É uma manifestação pacífica a favor do [ex-] presidente, e estarei ao lado dele, como sempre estive”, afirmou o governador em entrevista à CNN.
Eleito com apoio do ex-presidente, de quem foi ministro, Tarcísio cultiva uma relação de atritos e aproximações com a base bolsonarista.
Assim como o prefeito Ricardo Nunes (MDB), ele é frequentemente cobrado a se posicionar publicamente em defesa do ex-presidente pelos aliados mais próximos de Bolsonaro.
Mais recentemente, o governador paulista foi muito pressionado por bolsonaristas após ter uma interação amistosa com o presidente Lula (PT) durante evento em Santos (SP).
AgoraRN