Brasil, Estados Unidos e mais 15 países divulgaram nota conjunta, nesta terça-feira (23), pedindo a libertação imediata de todos os reféns detidos há mais de 200 dias pelo Hamas na Faixa de Gaza.
O apelo ressalta que entre os sequestrados pelo Hamas estão cidadãos desses países e que o destino da população de Gaza e dos aprisionados é motivo de preocupação internacional.
“Salientamos que o acordo sobre a mesa para a libertação dos reféns permitiria um cessar-fogo imediato e prolongado em Gaza, o que facilitaria o envio de assistência humanitária adicional necessária a todo o território e conduziria ao fim das hostilidades. Os habitantes de Gaza poderiam regressar às suas casa e às suas terras, com preparativos prévios para garantir abrigo e provisões humanitárias”, diz o texto.
A nota é assinada, além do Brasil e dos Estados Unidos, pela Argentina, Alemanha, Áustria, Bulgária, o Canadá, a Dinamarca, Espanha, França, Hungria, Polônia, Portugal, a Romênia, o Reino Unido, a Sérvia e Tailândia. Todos os países tem cidadãos entre os sequestrados pelo Hamas.
“Reiteramos o nosso apelo ao Hamas para que liberte os reféns e nos deixe pôr fim a esta crise para que, coletivamente, possamos concentrar os nossos esforços em trazer paz e estabilidade à região”, acrescenta o texto.
Ao final de um café com jornalistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que tinha assinado o texto, negociado com os Estados Unidos e os demais países.
Cerca de 240 pessoas foram sequestradas pelo Hamas em Israel, no dia 7 de outubro do ano passado, dando início a uma ofensiva violenta contra a Faixa de Gaza, na caça aos militantes do Hamas. Parte dos sequestrados foi libertada durante um breve cessar-fogo em novembro.
Michel Nisenbaum, de 59 anos, sequestrado pelo Hamas, é brasileiro, mas mora em Israel desde a adolescência. Mais três brasileiros foram mortos pelo grupo no dia do ataque.
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Agência Brasil