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Júri dos réus acusados da morte de José Vieira de Melo é transferido de Campo Grande para Assu

O Pleno do Tribunal de Justiça deferiu pedido de desaforamento da ação penal que tramita na comarca de Campo Grande, a que respondem oito pessoas integrantes de uma mesma família pelo assassinato de José Reis de Melo, praticado dentro da propriedade da vítima, o sítio Gangorrinha, no ano de 2006, por motivo de vingança. O julgamento de Francisco Gonzaga Neto (Neto de Valdomiro), Francisco Wbemax Pereira Fernandes, Francisco Ubetânio Pereira Fernandes, Humberto Alves Saldanha, Bartogaleno Alves Saldanha e Josenilton Garcia da Silva, vai acontecer na cidade de Assu, em data ainda a ser agendada.

Também eram réus neste processo, Antônio Francisco da Nóbrega Martins Veras e Francisca Joaquina Alves Saldanha, mas, já são falecidos.

Segundo o Ministério Público, no dia 22 de maio de 2006, um grupo de pessoas fortemente armadas entrou no Sítio. Na abordagem, os acusados alvejaram a residência e ameaçaram matar as filhas dele. Com isso, Zé Vieira aproximou-se da janela e foi atingido por diversos disparos, entre eles um tiro de calibre 12 que o desfigurou.

O motivo do assassinato seria vingança, diante da potencial participação da vítima nos homicídios de Vicente de Paula Veras Neto e Júlio César Nóbrega Veras.

Para fundamentar o pedido, a Promotoria de Justiça da comarca de Campo Grande argumentou que os moradores da região, sorteados para formar o corpo de jurados, estariam suscetíveis ao temor que envolve a histórica rivalidade entre as famílias naquele local. Fato que, segundo o Ministério Público, poderia prejudicar a imparcialidade e independência para formação da convicção dos jurados.

O MP considera que não haveria garantia de imparcialidade, caso a sessão de julgamento fosse mantida na Comarca de Campo Grande, por isso, a solicitação de desaforamento. Por outro lado, o juízo da Comarca de Campo Grande pontuou sobre a precariedade das condições de segurança para realização da sessão de julgamento sobre fatos de tamanha repercussão, uma vez que não existe nas instalações do fórum municipal cela ou efetivo policial suficiente para garantir a segurança durante a realização júri.

Relatos históricos da rixa familiar

O Ministério Público, relata no processo, que a morte de Zé Vieira, envolve uma briga de famílias que vem desde 1964, quando o pai do mesmo teria sido assassinado por um tio de Antônio Veras, desencadeando uma rixa entre famílias de Campo Grande, Janduís e Caraúbas.

Prisão de Neto de Valdomiro

Em outubro de 2007, um dos executores de Zé Vieira foi preso, o pistoleiro Francisco Gonzaga Neto, conhecido como Neto de Valdomiro, acusado de outras mortes no Oeste do RN. Em interrogatório, o acusado assumiu a trama do homicídio de Zé Vieira e isentou Antônio Veras.

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