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Mandantes de assassinato de F. Gomes são condenados a 14 anos de prisão

Ao fundo, os réus, Lailson Lopes (de camisa branca) e Gilson Neudo (de camisa preta) – (FOTO: Everton César)

Os acusados de planejar a morte do radialista Francisco Gomes de Medeiros, conhecido como F. Gomes, foram a condenados a 14 anos de prisão em regime fechado. A decisão ocorreu na noite da terça-feira (16), em júri no Fórum Desembargador Miguel Seabra Fagundes, em Natal. Após quatro adiamentos, o ex-pastor evangélico Gilson Neudo Soares do Amaral e o comerciante Lailson Lopes, ‘O Gordo da Rodoviária’, foram considerados culpados por encomendar e planejar o assassinato do comunicador, que aconteceu no dia 18 de outubro de 2010, em Caicó, região Seridó do estado.

A decisão já havia sido adiada quatro vezes devido a manobras de Lailson Lopes. No dia 27 de março deste ano, em julgamento previsto, o júri foi adiado após Lailson se recusar a ser defendido pela Defensoria Público do Estado e acabou preso. Nesta ocasião, a sessão já havia iniciado. Gilson estava detido e aguardava apenas o julgamento, mas voltou ao sistema prisional após o julgamento ser adiado novamente. Em 2017, Lailson dispensou também um advogado durante o julgamento. Na terça, porém, o julgamento ocorreu.

Em maio de 2012, a então delegada Sheila Freitas, da Divisão Especializada em Investigações e Combate ao Crime Organizado (Deicor), confirmou que F. Gomes foi assassinado a mando de pessoas que formaram um “consórcio” para financiar o crime. Segundo ela, esse “consórcio” seria responsável por angariar R$ 10 mil e repassar a João Francisco dos Santos, o Dão, autor confesso do assassinato e que está preso. De acordo com a delegada, o “consórcio” é formado pelo advogado Rivaldo Dantas de Farias, pelo tenente-coronel PM Marcos Antônio de Jesus Moreira, pelo ex-pastor evangélico Gilson Neudo Soares do Amaral e pelo comerciante Lailson Lopes. Além desses, ainda de acordo com a delegada, o soldado PM Evandro Medeiros também tem envolvimento com o assassinato de F. Gomes.

Na decisão do júri, que foi comandado pela juíza Eliana Alves Marinho, Lailson Lopes e Gilson Neudo foram condenados a 14 anos de prisão. Porém, pela decisão, Lailson Lopes poderá recorrer da sentença em liberdade, enquanto Gilson Neudo, que já está preso, permanecerá detido.

*Tribuna do Norte

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