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OBVIO aponta que 92% dos policiais e agentes de segurança mortos não estavam de serviço

Policiais mortos estavam, na grande maioria, fora do horário de trabalho Foto Magno Nascimento Tribuna do Norte
Policiais mortos estavam, na grande maioria, fora do horário de trabalho – Foto: (Magnus Nascimento/ Tribuna do Norte)

Da Tribuna do Norte – A maioria dos policiais ou agentes de segurança mortos entre 2012 e 2017 no Rio Grande do Norte foram executados fora do horário de serviço. É o que aponta levantamento do Observatório da Violência Letal Intencional do Rio Grande do Norte (Obvio). De janeiro de 2012 até esta terça-feira (21), 65 policiais foram mortos no estado.

Pelo levantamento do Obvio, 32 policiais foram mortos fora de serviço ao reagirem a alguma ação de violência, o que representa 49% dos casos. Outros 28, o correspondente a 43%, foram assassinados fora do horário de serviço na corporação, mas durante atuação como seguranças. Pelo levantamento, de 2012 a 2017, cinco policiais foram mortos em serviço.

No estudo feito pelo Obvio, no entanto, é ponderado que as vítimas que estavam fora de serviço, ou mesmo aos que reagiram enquanto estavam à paisana, podem ter sido vitimados por serem policiais, o que indiretamente se liga às suas profissões e aos riscos delas decorrentes.

“Ao mesmo tempo, importa mostrar que, em serviço, o agente é extremamente menos vitimado e, consideravelmente, mais protegido”, diz o levantamento do Obvio.

Principais vítimas

Dos 65 mortos entre 2012 e 2017, 47 são policiais militares, o que corresponde a 72,3% das vítimas. Policiais civis executados foram 8 no período (12,3%), enquanto agentes penitenciários e guardas civis correspondem a 7,7% cada, com cinco mortes em cada categoria.

Em 2017, 9 agentes de segurança foram mortos em circunstâncias diversas e que estão sob investigação. Contudo, o levantamento do Obvio aponta para necessidade de valorização das carreiras.

“O fato de parte significativa dos agentes estarem sendo vitimados em espaços fora do âmbito de seu labor e, consequentemente, muitas vezes em atividade ‘extra-remuneratória’, aponta para a necessidade de se pensar a valorização profissional dessas categorias e, obviamente, sua própria segurança”, disse o relatório.

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