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Semana de Aleitamento Materno conscientiza sobre importância dessa prática

Já imaginou uma alimentação acessível a todos, que prevenisse infecções, diabetes, obesidade e ainda diminuísse as chances de desenvolver câncer de mama? Acredite, não se trata de algo futurista, promessa de algum moderno laboratório, mas sim, do já conhecido leite materno.Para lembrar a importância dessa fonte de saúde e vida, os primeiros dias de agosto são dedicados à Semana do Aleitamento Materno, momento de conscientizar as mulheres sobre essa prática saudável, que ainda no século XXI é evitada em decorrência de mitos e preconceitos sociais.

A Semana do Aleitamento Materno é comemorada em mais de 150 países e foi idealizada pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno. No Brasil, a campanha é desenvolvida pelo Ministério da Saúde, que em 2016 trouxe como tema “Amamentação. Faz bem para seu filho, para você e para o planeta”. O órgão defende que o leite materno é a alimentação mais econômica do mundo, dispensando a compra de leite e fórmulas infantis, bem como de mamadeiras, gasto de água e energia para esterilizar e esquentar o alimento, o que economiza recursos naturais.

Os benefícios para a saúde, para o bolso e o meio-ambiente são muitos, contudo, a amamentação ainda enfrenta barreiras para alcançar a aceitação da sociedade de uma forma geral. Não muito difícil, a imprensa divulga casos de mulheres que foram vítimas de constrangimento ao amamentar em público, o que tem gerado leis em alguns estados brasileiros que prevê multa para quem impedir uma mãe de amamentar seu filho. Somado a isso, empresas e comércios ainda não estão preparados para acolher as funcionárias e colaboradoras em fase de aleitamento, ofertando um ambiente apropriado para a ordenha e armazenamento do leite materno durante o expediente.

Educadora Física e Professora Universitária, Danielle Mafra é mulher, profissional e mãe, que assim como muitas outras, tem uma rotina agitada e dividida entre o trabalho e a família, contudo, isso não a afastou da missão de amamentar seus dois filhos, Laura (3 anos) e Heitor (4 meses). Emocionada, a Coordenadora dos Cursos de Educação Física da Universidade Potiguar deu um depoimento sobre suas motivações para manter esse hábito nas duas oportunidades. “Além dos benefícios associados à nutrição, bem como o desenvolvimento do paladar da criança com o início do processo alimentar, destaco dois pontos sobre os quais sempre reflito. O primeiro é o fortalecimento do laço emocional com a família e com a mãe. É esse primeiro encontro com uma outra pessoa que perdurará por toda a vida nos laços de relacionamento que a criança vai encontrar ao longo do seu crescimento. Minha segunda reflexão é sobre o desenvolvimento da criança de 0 a 2 anos. Se pensarmos que de 0 a 6 meses o bebê se alimenta exclusivamente de leite materno e esse período é de uma velocidade imensa de crescimento e de amadurecimento do corpo humano, podemos perceber o aleitamento materno como doação de vida. Acho impressionante uma pessoa receber esse dom de amamentar e doar vida”, relatou.

Salas de Apoio à Amamentação

A emoção de Danielle vai além, pois poderá prolongar o hábito da amamentação além da licença maternidade. Ela é colaboradora de uma Instituição com uma Sala de Apoio à Amamentação, um ambiente acolhedor, climatizado, equipado com poltronas para o conforto das mães e bebês, freezer com temperatura controlada para o armazenamento do leite materno, além de uma equipe capacitada para auxiliar as mães na ordenha manual quando houver necessidade. Essa infraestrutura foi pensada e montada pela Universidade Potiguar, única instituição privada no RN com duas salas de amamentação (em Natal e Mossoró), com o objetivo de promover o hábito do aleitamento materno entre as colaboradas e alunas mesmo após o término da licença maternidade ou após o início das aulas.

Doutora em Ciências da Saúde, Amália Rego, Diretora da Escola da Saúde da UnP, lembra que “a recomendação da Organização Mundial da Saúde é que a criança se alimente exclusivamente de leite materno até os 6 meses de vida, e se estenda até os 2 anos ou mais, já com a introdução de outros alimentos. No entanto, essa orientação nem sempre é seguida à risca e o principal motivo é o retorno às atividades rotineiras, como o trabalho e os estudos fora de casa”. O investimento da UnP em prol das Salas de Apoio à Amamentação, foi realizado dentro dessa premissa e contou com a Secretaria de Estado da Saúde Pública.

Dr. DINNA Oliveira
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