A Polícia Federal realizou, apenas na última semana, dezenas operações de combate a crimes eleitorais em todas as regiões do País. Entre a segunda-feira (30/9) e a manhã deste domingo (6/10), o portal de notícias do principal órgão de inteligência para prevenção e repressão a crimes classificados como crimes federais, publicou mais de 70 informações de operações de combate a a essa modalidade de crime.
Foram milhões de reais apreendidos em dinheiro vivo, flagrantes de transporte ilegal ou distribuição de favores, como cesta básica, ameaças físicas e disseminação de notícias falsas para comprometer a imagem de adversários.
Durante a semana, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, o titular da pasta da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou categoricamente que crimes eleitorais são classificados como federais devido ao seu impacto nacional no que diz respeito à proteção da democracia.
• Confira aqui as publicações sobre ações da Polícia Federal contra crimes eleitorais
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (3/10) operações de combate a crimes eleitorais em diferentes regiões do Brasil.
Em Parintins (AM), é realizada a Operação Tupinambarana Liberta, com o objetivo de combater crimes de associação criminosa, corrupção eleitoral, abolição do estado democrático de direito, utilização de violência para obter votos e impedir o exercício de propaganda eleitoral.
A operação mobiliza aproximadamente 50 policiais federais que cumprem cinco mandados de busca e apreensão em locais identificados durante as investigações em Manaus.
O objetivo da operação é desarticular associação entre membros de facção criminosa e agentes públicos, os quais entraram em conluio visando a prática de crimes eleitorais em prol de uma candidatura na cidade de Parintins/AM. A investigação demonstrou que foram utilizadas estruturas de estado, inclusive, de forças policiais para benefício de uma chapa concorrente à Prefeitura de Parintins.
No período de 16 de abril até esta sexta-feira (26), oito pessoas foram presas em flagrante em cartórios do Rio Grande do Norte por suspeita de crimes eleitorais. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE/RN), as ações foram registradas nas cidades de Ceará-Mirim (46º Ze), São José de Mipibu (7º Ze) e Goianinha (9º Ze). Os casos seguem em investigação pela Polícia Federal (PF).
A situação mais recente ocorreu em Ceará-Mirim, na manhã de quinta-feira (25), quando dois eleitores apresentaram documentos falsos para transferência eleitoral. A polícia foi acionada pelos servidores e as duas pessoas foram presas em flagrante. “Desde a semana passada, percebemos que alguns eleitores de Pureza estavam utilizando-se de um contrato de locação de imóvel, todos no mesmo formato e muitos assinados pela mesma testemunha”, relatou o chefe do cartório da 46ª ZE, Paulo Almeida.
Na manhã desta sexta-feira (26), os dois suspeitos foram presos no município, cuja 46ª zona eleitoral, também atende os municípios de Pureza, Taipu e Ielmo Marinho. A juíza Niedja Fernandes dos Anjos e Silva concedeu a liberdade provisória, mas os eleitores e o pré-candidato envolvidos seguem sob investigação pela Polícia Federal.
Na quarta-feira (24), os servidores do cartório da 7ª zona eleitoral, em São José de Mipibu, pediram a presença da polícia militar após verificarem que os comprovantes de residência apresentados por 3 pessoas para alteração no domicílio eleitoral tinham inconsistências. Enquanto acionavam a PM, uma das três pessoas suspeitas fugiu, e a dupla que permaneceu no local admitiu que morava na zona rural de Macaíba e que tinha recebido a proposta para alterar a cidade de votação em troca de benefícios durante as eleições de 2024.