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LIVRO DA UFRN LAMPIÃO 2222

A Livraria Cooperativa Cultural lançou o livro Lampião: O Lobo do Sertão, do autor e professor aposentado da UFRN, Jair Eloi de Souza, publicado pela editora Aipê. O livro promete se tornar uma referência para estudiosos da história do Nordeste e do cangaço, um fenômeno social e cultural que marcou a região no século XX. 

A obra, que tem como foco a juventude de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, mergulha na complexa e fascinante realidade do sertão nordestino, revisitando um passado marcado por conflitos, lutas e personalidades importantes como cangaceiros, coronéis, jagunços, padres e beatos. 

Por meio de uma pesquisa profunda, Jair Eloi traça uma narrativa que conecta a figura de Lampião às guerras que assolaram o nordeste brasileiro, como a guerra de Canudos e a guerra do Contestado, oferecendo uma visão única sobre os eventos históricos que definiram a trajetória de pessoas que se tornaram lendas. 

Em Lampião: O Lobo do Sertão, o autor não apenas reconstrói as batalhas sangrentas e as estratégias do cangaço, mas também retrata o cenário social e político do sertão de outrora, com suas agruras e crenças. A obra traz à tona uma análise detalhada do impacto dessas figuras no Brasil, desde os padres que conduziam as missões de evangelização até os coronéis que, com seu poder local, disputavam terras e influências políticas, passando pelos cangaceiros que enfrentaram tanto o sistema colonial quanto as forças militares. 

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O nome de Lampião, Virgulino Ferreira da Silva, aparece na página inicial do processo entre os indiciados Foto Iris Costa g1

A história pernambucana ganhou um novo capítulo nesta semana. Foi entregue ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) o primeiro processo judicial no qual Lampião aparece como réu. São aproximadamente 1.400 páginas escritas à mão, com detalhes da época do Rei do Cangaço.

No documento, Virgulino Ferreira da Silva e seu bando são acusados pelo homicídio de Luiz Gonzaga Gomes Ferraz, um coronel influente e reconhecido líder político da época. O crime, contado em detalhes no processo, aconteceu em 20 de outubro de 1922, em São José do Belmonte, no Sertão do estado.

Luiz Gonzaga veio da cidade de Floresta e se tornou um comerciante próspero em São José do Belmonte. Aconteceram algumas desavenças com as lideranças políticas do município e, devido a isso, uma dessas lideranças contratou o bando de Lampião para fazer essa empreitada contra o comerciante”, explicou o desembargador Alexandre Assunção, presidente da Comissão de Gestão e Preservação da Memória do TJPE.

Segundo o magistrado, o processo incluiu muitas pessoas que faziam parte do bando de Lampião. Foram 13 anos em andamento na Justiça até que acontecesse o primeiro julgamento, mas Virgulino nunca chegou a ser condenado.

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Virgulino Ferreira da Silva (1898-1938) entrou para a história brasileira por liderar um bando de cangaceiros que percorreu e aterrorizou populações dos estados do Nordeste, na primeira metade do Século 20. Conhecido popularmente como “Lampião”, promoveu uma série de saques e outros delitos pelo sertão, por 16 anos. Ele, agora, voltou a ser pauta de júri popular, na manhã desta terça-feira (28/3), em uma cidade potiguar. Definí-lo como inocente ou culpado é o objetivo da atividade, que tem à frente a magistrada Niedja Fernandes, da 3ª Vara da Comarca de Ceará-Mirim.

Desta vez, trata-se de um conselho de sentença simulado, cujos jurados são estudantes do Colégio SELM, localizado na Rua General João Varela, no Centro do município de Ceará-Mirim, região metropolitana de Natal. Os alunos com apoio do Poder Judiciário, mais especificamente da estrutura física do Fórum Desembargador Virgílio Dantas, realizam o julgamento fictício.

A juíza Niedja Fernandes ressalta que esta é a primeira vez que um projeto como esse acontece na unidade judiciária e que deve se tornar contínuo. “Antes, nenhuma escola havia nos procurado, nesse sentido. Acredito que a intenção é fazer todos os anos”, antecipa a magistrada, ao ressaltar que o Poder Judiciário foi procurado pela instituição de ensino, mas que não interfere no desenvolvimento do “júri”.

Apenas explicamos como funciona um júri popular”, esclarece a titular da unidade judiciária, que também preside as sessões de júris realizadas no Fórum da cidade.  “Interessante a iniciativa da escola no projeto desenvolvido e concretizado, hoje aqui, no Fórum da Comarca de Ceará-Mirim, pois permite que os estudantes conheçam, na prática, como funciona a Sessão do Tribunal do Júri”, comenta a magistrada, ao destacar que, na Sessão do Tribunal do Júri atuam serventuários da Justiça, magistrados, membros do Ministério Público e da Defensoria Pública, advogados e policiais penais.

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