A história pernambucana ganhou um novo capítulo nesta semana. Foi entregue ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) o primeiro processo judicial no qual Lampião aparece como réu. São aproximadamente 1.400 páginas escritas à mão, com detalhes da época do Rei do Cangaço.
No documento, Virgulino Ferreira da Silva e seu bando são acusados pelo homicídio de Luiz Gonzaga Gomes Ferraz, um coronel influente e reconhecido líder político da época. O crime, contado em detalhes no processo, aconteceu em 20 de outubro de 1922, em São José do Belmonte, no Sertão do estado.
“Luiz Gonzaga veio da cidade de Floresta e se tornou um comerciante próspero em São José do Belmonte. Aconteceram algumas desavenças com as lideranças políticas do município e, devido a isso, uma dessas lideranças contratou o bando de Lampião para fazer essa empreitada contra o comerciante”, explicou o desembargador Alexandre Assunção, presidente da Comissão de Gestão e Preservação da Memória do TJPE.
Segundo o magistrado, o processo incluiu muitas pessoas que faziam parte do bando de Lampião. Foram 13 anos em andamento na Justiça até que acontecesse o primeiro julgamento, mas Virgulino nunca chegou a ser condenado.
Um grupo de pais de vítimas do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS), afirmou ao portal GaúchaZH que pretende processar a Netflix pela exibição de uma série sobre a tragédia, “Todo Dia a Mesma Noite”.
O incêndio, que completou dez anos na última sexta (7), deixou 242 mortos e mais de 600 feridos.
“Nós fomos pegos de surpresa, ninguém nos avisou, ninguém nos pediu permissão”, disse ao site gaúcho o empresário Eriton Luiz Tonetto Lopes, coordenador do grupo de pais — ele perdeu a filha Évelin Costa Lopes, de 19 anos, na tragédia.
“Nós queremos saber quem está lucrando com isso. Não admitimos que ninguém ganhe dinheiro em cima da nossa dor e das mortes dos nossos filhos”, acrescentou.