O Projeto Trapiá Semente, que concluiu sua 3ª edição na região Seridó, terá evento de encerramento na sede Associação Cultural Trapiá, do bairro Soledade, de Caicó, dia 16, às 9h. Na ocasião, a Associação Cultural Trapiá e a Mapa Realizações Culturais, avaliam o projeto, considerando dados sobre público, ensaios e apresentações dos espetáculos, oficinas, cidades envolvidas, capacitações de arte educadores, e outras ações que alcançam as cidades participantes; inclusive, a geração de emprego e renda.
Neste ano de 2024, o Projeto Trapiá Semente esteve em cinco cidades, desenvolvendo as etapas de Semear, Regar e Florescer, em Serra Negra do Norte, São João do Sabugi, Tenente Laurentino Cruz, Jardim do Seridó e Timbaúba dos Batistas. E as cidades da edição 2023, tiveram a fase Cultivar, trocando novas experiências: Ouro Branco, São José do Seridó, Ipueira, São Fernando e Santana do Seridó.
Na sede da Associação Cultural Trapiá, em Caicó, 18 arte educadores de todas as edições, estiveram em “Imersão”, aperfeiçoando conhecimentos. Em junho, aconteceu em Caicó, o evento “Cultivar” no Centro Cultural Adjuto Dias, com momentos de discussões, e esquete, sobre fazer e manter grupo de teatro, apresentação do espetáculo CondenadXs, da Trapiá Cia Teatral, e Aulão de Atuação.
Estiveram presentes 13 cidades contempladas pelo projeto, de 2022 a 2024, com 13 grupos de teatro, alcançando 145 pessoas: 129 crianças e adolescentes, 14 arte educadores e 02 coordenadores de cultura.
O projeto As Pelejas de Baltazar nas Comunidades Quilombolas do RN, da Trapiá Cia Teatral, de Caicó, visitou em setembro às comunidades quilombolas de Jatobá (Patu), Arrojado (Portalegre), Aroeira (Pedro Avelino) e Grossos (Bom Jesus ), alcançando um público superior a 150 pessoas, inclusive com crianças e idosos que até então, não conheciam espetáculo de teatro.
O espetáculo As Pelejas de Baltazar é o teatro de bonecos, que no Rio Grande do Norte é conhecido como João Redondo. Durante a apresentação, há interação do público com os personagens, motivada pela atuação do ator Alexandre Muniz, que faz o elo do público com os bonecos, que ganham existência, através da atuação, quase mágica, do ator Emanuel Bonequeiro.
As comunidades quilombolas visitadas são parte das 35 comunidades, certificadas no RN, pela Fundação Palmares. Em outubro outras 04 comunidades serão visitadas: Macambira, dia 08, no município de Lagoa Nova; Acauã, dia 09, em Poço Branco; Capoeiras, dia 10, em Macaíba e Sítio Moita Verde, dia 11, em Parnamirim.
“A gente passa nas comunidades rurais, por poços d’água, estrada de terra, com acessos que dificultam, mas, quando a gente chega, é abraçado por estas comunidades. Temos relatos de pessoas que nunca assistiram espetáculo de teatro e isso nos deixa muito emocionados. É fazer com que a arte e a cultura, cheguem até eles, através de um grupo de Caicó, do Seridó, do interior. São crianças e idosos que nunca tiveram acesso a assistir espetáculo de teatro profissional, e o depoimento deles, o acolhimento é o mais especial. A arte proporciona isso, esse momento de discussão, de troca de saberes, já que nas comunidades a gente encontra artesãos que desenvolvem trabalhos com barro, com bonecas de pano. Se eles aprendem com a gente, muito mais a gente aprende com eles” destaca o ator Alexandre Muniz, da Trapiá Cia Teatral.
Um carro de som chega às comunidades quilombolas do sertão potiguar, levando arte às famílias, com o espetáculo As Pelejas de Baltazar. Um sol forte, com temperatura alta, muita poeira, ladeiras que exigem do veículo mais do que o esperado e paralelo a isso, uma vontade incrível de levar arte em toda parte. É esta a vivência dos atores, diretor, fotógrafo, cenógrafo e equipe de som e iluminação, da Trapiá Cia Teatral, de Caicó, que leva teatro de bonecos a 08 comunidades do Rio Grande do Norte, abrangendo diferentes regiões do Estado.
Depois de visitar comunidades quilombolas de Patu e Portalegre, o espetáculo As Pelejas de Baltazar chega hoje a Comunidade Aroeira, do município de Pedro Avelino, contando com um público de todas as idades, encantadas com a história, a identidade cultural e a magia do teatro de bonecos.
Amanhã, sábado 28, a companhia de teatro visita a comunidade Sítio Grossos, de Bom Jesus. De 08 a 11 de outubro, visita comunidades de Lagoa Nova, Poço Branco, Macaíba e Parnamirim. O teatro de bonecos, conhecido no Rio Grande do Norte como “João Redondo”, é reconhecido como Patrimônio Imaterial do Brasil.
O espetáculo As Pelejas de Baltazar, no teatro de bonecos, conta uma história divertida, que destaca lendas, detalhes da cultura popular e personagens negros na narrativa, como o mestre dos Negros do Rosário, a mestra da Jurema Sagrada e a Guardiã da Tradição Popular.
De 24 de setembro à 11 de outubro, a Associação Cultural Trapiá vai estar em 08 comunidades quilombolas do Rio Grande do Norte, através da Trapiá Cia Teatral, com apresentação gratuita do espetáculo “As Pelejas de Baltazar”.
Este espetáculo, com bonecos de João Redondo, que é Patrimônio Imaterial do Brasil, tem como personagem principal “Baltazar”, um boneco negro, que traduz a importância da cultura negra no teatro de mamulengos. Na peça há também três personagens negros(as) importantes na narrativa: o Mestre dos Negros do Rosário, a Mestra da Jurema Sagrada e a Guardiã da Tradição Popular. Também fazem parte ” Rosinha” e o “Capitão João Redondo”.
A primeira comunidade quilombola, que recebe As Pelejas de Baltazar neste projeto, é a Comunidade Jatobá, de Patu RN, às 17h do dia 24/09 e em seguida a Comunidade Sítio Arrojado/Sítio Engenho Novo, em Portalegre RN, com espetáculo dia 26/09, às 19h. A Comunidade Aroeira, em Pedro Avelino, RN, recebe a Trapiá Cia Teatral dia 27, às 19h. E em seguida, a Comunidade Sítio Grossos, de Bom Jesus RN, dia 28, às 19h.
Em outubro, terá a peça na Comunidade Macambira, de Lagoa Nova, RN, dia 08, às 19h. Na Comunidade Acauã, de Poço Branco, o espetáculo será dia 09 de outubro, às 19h. A Comunidade Capoeiras, de Macaíba RN, recebe a Trapiá Cia Teatral dia 10 de outubro, às 16h, e a Comunidade Sítio Moita Verde, de Parnamirim, será dia 11, às 15h.