O governo russo anunciou esta semana que desenvolveu uma vacina contra o câncer. A previsão é que o imunizante comece a ser distribuído para pacientes de forma gratuita a partir do início de 2025.
De acordo com a agência russa de notícias, a vacina foi desenvolvida em colaboração com diversos centros de pesquisa. Ensaio pré-clínicos demonstraram que a dose suprime o desenvolvimento de tumores e de potenciais metástases.
O Centro Nacional de Pesquisa Médica do Ministério da Saúde russo informou que trabalha com duas linhas de vacinas oncológicas. Uma delas é uma vacina personalizada que utiliza tecnologia mRNA, a mesma utilizada em doses contra a covid-19.
“Com base na análise genética do tumor de cada paciente, uma vacina única é criada para ‘ensinar’ o sistema imunológico a reconhecer células cancerígenas”, detalhou o centro de pesquisa russo.
A partir de 4 de novembro, a famosa gotinha contra a poliomielite será substituída em Natal e em todo o Brasil. O Ministério da Saúde anunciou que a vacina oral da poliomielite bivalente (VOPb) deixará de ser utilizada, sendo substituída por uma dose injetável da vacina inativada poliomielite (VIP). Com isso, o esquema vacinal contra a poliomielite passará a ser exclusivamente com a vacina injetável, tornando-se mais seguro e eficaz para a população infantil.
A mudança estabelece que a imunização será composta por três doses da vacina injetável VIP aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade, e uma dose de reforço aos 15 meses. Portanto, o esquema vacinal passa a ser: 1ª dose com 2 meses; 2ª dose com 4 meses; 3ª dose com 6 meses; e dose de reforço com 15 meses. De acordo com o Ministério da Saúde, a alteração foi baseada em recomendações internacionais e evidências científicas, seguindo o exemplo de países, como os Estados Unidos e nações europeias.
Tribuna do Norte
No Rio Grande do Norte, a busca pela segunda dose da vacina contra a dengue tem sido abaixo do esperado. De acordo com dados divulgados Secretaria de Saúde Pública do Estado (Sesap) nesta terça-feira (27), cerca de 30 mil pessoas ainda não completaram o esquema vacinal.
Até o momento, foram administradas 48.184 vacinas relativas à primeira dose e 13.195 referentes à segunda dose, disponível em 34 municípios. No total, o Rio Grande do Norte recebeu um total de 102.410 doses da vacina, voltada prioritariamente à população na faixa etária de 10 a 14 anos, conforme recomendação do Ministério da Saúde.
A Qdenga, nome oficial da vacina contra a dengue, é composto por duas doses, com intervalo de 90 dias entre cada uma. Produzida a partir do vírus vivo atenuado, ou seja, do micro-organismo infectado, mas enfraquecido, ela pode melhorar a resposta do sistema imunológico. Isso porque funciona de forma semelhante à defesa do corpo humano nos casos de infecção pela dengue.
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) reforça a importância de completar o esquema vacinal contra a dengue. De acordo com os dados mais recentes, cerca de 30 mil pessoas ainda não retornaram aos postos de vacinação no Rio Grande do Norte para receber a segunda dose da vacina.
A partir desta quinta-feira (4), o Rio Grande do Norte amplia o número de municípios que disponibilizam a vacina contra a dengue para a população entre 10 e 14 anos. Com a entrada de Caicó, Pau dos Ferros, Ceará-Mirim, Santa Cruz, João Câmara, Touros, São Paulo do Potengi, Pendências, Luís Gomes e Jucurutu, o estado chega a 29 cidades ofertando a imunização.
As novas cidades terão disponíveis, nesse primeiro lote, 7.290 doses do imunizante, o que atende cerca de um terço do público-alvo estimado entre os nove municípios listados. As vacinas foram disponibilizadas a partir de uma pactuação conduzida pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) com os municípios para a redistribuição das doses.
Até o momento, cerca de 21,5 mil doses da vacina contra a dengue foram aplicadas e registradas pelos 19 municípios no sistema do Ministério da Saúde. O RN recebeu 45 mil doses no primeiro lote distribuído em 15 de fevereiro.
A medida de redistribuição das vacinas segue a orientação do Ministério da Saúde, a partir da necessidade de agilizar a utilização do primeiro lote. Os novos municípios foram escolhidos por critérios técnicos e epidemiológicos, como o número de casos confirmados para a dengue.
A candidata à vacina contra chikungunya produzida pela farmacêutica francesa Valneva produziu resposta imune em 99% dos participantes do primeiro ensaio clínico de fase 3. Os resultados foram publicados na Revista Lancet nesta segunda-feira (12), uma das mais conceituadas na área de ciência e saúde.
Esse é o único imunizante contra a doença que está em estágio avançado de desenvolvimento e, em breve, poderá ser o primeiro a ser aprovado pelas agências reguladoras internacionais.
💉 Chamada de VLA1553, a vacina foi testada em 4.115 adultos saudáveis em 43 localidades dos Estados Unidos: 3.082 participantes receberam uma dose do imunizante, através de uma injeção no braço, e 1.033 receberam placebo.
Todos os participantes foram incluídos na análise de segurança, mas a resposta imune só foi testada em um subgrupo de 362 participantes – 266 receberam a vacina e 96, placebo.
Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais com animais teve resultados promissores para o desenvolvimento de uma vacina de interesse planetário. O objetivo dos pesquisadores é proteger seres humanos contra a dependência de drogas.
O problema está em praças e esquinas. Segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, o crack e a cocaína são consumidos por mais de 20 milhões de pessoas no mundo. Uma possibilidade de ajuda vem sendo desenvolvida desde 2015 pela Universidade Federal de Minas Gerais: uma vacina para dependentes químicos. Os pesquisadores já concluíram a primeira etapa da pesquisa em animais, necessária antes de testar em humanos.
“A gente já concluiu as fases pré-clínicas em relação à segurança e eficácia em animais roedores e não roedores, que são os primatas não humanos. Já identificamos a eficácia dessa vacina nesses animais e, também, a segurança dessa vacina”, afirma Raíssa Lima pesquisadora da UFMG.
O imunizante foi desenvolvido a partir de moléculas modificadas da própria droga. Nos animais, a vacina induziu o sistema imune a produzir anticorpos que se ligaram à droga já presente na corrente sanguínea dos bichos. Essa ligação aumentou o tamanho das moléculas do entorpecente, impedindo a passagem delas pela barreira hematoencefálica – estrutura que regula o transporte de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central. Sem chegar ao cérebro, o animal não sentiu os efeitos da droga. Os médicos esperam que, desta forma, no teste com humanos, a vontade de consumir crack e cocaína seja drasticamente reduzida.
O Instituto Butantan, em São Paulo, começou a desenvolver uma vacina contra a gripe aviária. Segundo o instituto, os testes estão sendo realizados com cepas vacinais que foram cedidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o primeiro lote já está pronto para o início dos testes pré-clínicos, ou seja, testes em laboratório.
O Butantan informou que a vacina começou a ser desenvolvida devido à preocupação de que ela possa se tornar uma nova pandemia. “A gripe aviária tem o potencial de causar nova pandemia, daí a mobilização da instituição, que se iniciou em janeiro deste ano”, disse o instituto, em nota.
O processo de desenvolvimento de uma vacina é demorado e feito em diversas etapas. Após o estágio da realização dos testes pré-clínicos, que vão demonstrar a segurança e o potencial da vacina, são realizados os testes clínicos em humanos, que é a etapa mais longa. Na fase clínica, que necessita de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser realizada, são analisadas a segurança, a eficiência e a eficácia da vacina. Caso a vacina tenha um bom desempenho na fase clínica, ela é submetida a um registro pela Anvisa e só então poderá ser aplicada na população.
A influenza aviária (H1N5), também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa. A transmissão da doença ocorre pelo contato com aves doentes, vivas ou mortas. O vírus não infecta humanos com facilidade, mas o aumento de casos recentemente deixou as autoridades sanitárias do mundo todo em alerta.
A vacina contra a dengue Qdenga (TAK-003) deve estar nas clínicas particulares do Brasil no segundo semestre deste ano, de acordo com informações dos representantes do laboratório japonês Takeda Pharma e da associação do setor.
Ainda não há previsão de inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS), mas o Ministério da Saúde afirma que a questão é tratada como prioridade. A Qdenga foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na quinta-feira (2).
O imunizante, liberado para pessoas de 4 a 60 anos, pode ser aplicado em quem teve e quem não teve a doença.
Para o infectologista Kleber Luz, consultor de arboviroses da Organização Mundial da Saúde (OMS) e coordenador do comitê científico de arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a aprovação é um avanço e um primeiro passo no combate à dengue.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o início do ensaio clínico da fase III da vacina tetravalente contra a influenza, produzida pelo Instituto Butantan. “O estudo tem o objetivo de avaliar a segurança, imunogenicidade e consistência de resposta imune nos lotes da vacina”, informou a Anvisa.
Em 2019, a agência já havia autorizado a realização do ensaio clínico referente à versão inicial do protocolo clínico da vacina. Em razão da pandemia de covid-19, o ensaio só começou em 2021. Em 2022, o Butantan comunicou a interrupção do estudo, antes de ter completado o número de participantes necessários.
A vacina trivalente contra a influenza do Instituto Butantan já é utilizada nas campanhas do Programa Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde. A dose é composta pelo vírus influenza fragmentado e inativado, contendo a cepa A (H1N1), a cepa A (H3N2) e a cepa B (linhagem Victoria e Yamagata).
O processo de produção da vacina tetravalente, segundo a Anvisa, é semelhante ao da trivalente. No entanto, enquanto uma das vacinas trivalentes contém o vírus B (linhagem Yamagata – TIV-Y-IB) e a outra, o vírus influenza B (linhagem Victoria – TIV-V-IB), a tetravalente possui as duas cepas da linhagem B na mesma formulação.
Agência Brasil – Começa a ser aplicada hoje (27) em todo o país a vacina bivalente contra a covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina melhora a imunidade contra o vírus da cepa original e também contra a variante Ômicron e tem perfil de segurança e eficácia semelhante ao das vacinas monovalentes.
“A vacina monovalente, como o próprio nome diz, tem um tipo só do vírus que causa a covid. Ela foi originalmente desenhada com aquele chamado vírus ancestral, o primeiro que apareceu na China no fim de 2019. Então, todas as vacinas que a gente tinha e usou até agora eram monovalentes, independentemente do laboratório fabricante”, explicou o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha.
Inicialmente, a vacina será aplicada somente nos chamados grupos de risco. Conforme divisão anunciada pelo ministério, a imunização será feita da seguinte forma: na fase 1, pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos e quilombolas; na fase 2, pessoas com idade entre 60 e 69 anos; na fase 3, gestantes e puérperas; e na fase 4, profissionais de saúde.