O promotor Geraldo Rufino de Araújo Júnior, pediu o adiamento do júri popular do ex-pastor evangélico, Gilson Neudo Soares do Amaral, réu no processo da morte do jornalista F. Gomes. A sessão de julgamento estava marcada para ocorrer no dia 4 de novembro no Fórum Municipal Amaro Cavalcante em Caicó.
O juiz Luiz Cândido de Andrade Villaça, disse ao portal Sidney Silva que deferiu o pedido e adiou o Júri, ficando a data indefinida.
Entre os motivos apresentados pelo representante do Ministério Público para pedir a mudança do julgamento, estão problemas de saúde e a falta de apoio da Procuradoria Geral de Justiça, órgão superior do MP no Rio Grande do Norte. Em contato com Geraldo Rufino, fomos informados que foram feitas diversas solicitações de apoio, mas, nenhuma foi atendida. Ele queria o auxílio de outro promotor.
No despacho confirmando o adiamento, o juiz Luiz Cândido Villaça, pede que o promotor Geraldo Rufino se manifeste sobre o tempo em que o ex-pastor está detido e sobre a possibilidade de soltura.
O ex-pastor Gilson Neudo Soares do Amaral, foi denunciado pelo Ministério Público e pronunciado para ser julgado por ter participado da morte de F. Gomes. De acordo com a denúncia do órgão ministerial, ele outras pessoas se consorciáram para dar cabo da vida do jornalista, tendo o mototaxista João Francisco dos Santos, “Dão”, como autor material.
Os outros réus do processo são, o advogado Rivaldo Dantas e o comerciante Laison Lopes.
Apoio
Sobre a questão do apoio do Gaeco ou de outro promotor dos quadros do Ministério Público, é verdade que Geraldo Rufino, jamais o teve. Quando ainda era Procurador Geral de Justiça, Manoel Onofre de Souza Neto, (época da morte de F. Gomes), a PGJ se manifestou em nota dizendo que o Gaeco iria se empenha no caso, porém, isso nunca ocorreu. Aqui em Caicó, ficou o promotor Geraldo Rufino pegado no caso com o apoio do advogado Jandui Fernandes, de saudosa memória.
Não entendo por qual motivo o tal apoio não veio. O Ministério Público é um órgão forte e com tantos representantes, que acho, não atrapalharia os demais serviços ora em andamento, se deslocasse um ou dois para Caicó, para ajudar nesse caso.
Como profissional da comunicação do estado do Rio Grande do Norte e principalmente como cidadão potiguar, lamento a indiferença do Ministério Público no caso da morte do jornalista F. Gomes.