Sidney Silva – Parte dos universitários que estudam nos campi da UFRN em Currais Novos em Caicó, decidiram realizar uma greve por tempo indeterminado em protesto por causa da criação da PEC 241. O movimento será deflagrado no dia 11 de novembro.
Os alunos realizaram assembleia e à unanimidade de votos decidiram não mais assistir aulas. Foi o que disse um dos cabeças do movimento. Ele não quis se identificar.
“Essa foi a primeira assembleia estudantil ocorrida em 10 anos nos campi de Currais Novos e Caicó (Centro de Ensino Superior do Seridó – CERES) seguindo todos os parâmetros legais que regem a universidade e, por maioria absoluta dos votos dos estudantes matriculados, foi determinado o indicativo de greve estudantil com início no dia 11 de novembro”, contou.
Na assembleia ficou decidido que o movimento não afetará os trabalhos de pesquisa e extensão da universidade atingindo apenas a área de ensino, por tanto, os estudantes bolsistas não irão parar suas atividades.
“Essa greve é entendida por nós como uma ferramenta de luta. Como estudantes, também temos nossos direitos. Vai ser uma greve pacifica. Não existe intensão de impedir ninguém de ter acesso às aulas. Os estudantes que aderirem a greve, vão ter o direito legal de faltar às aulas, realizar outras atividades e por isso, não serão prejudicados”, relatou.
A greve tem como principal reivindicação, a retirada da PEC 241, da pauta do Congresso Nacional. Enquanto isso não ocorrer, o movimento continua.
O movimento “Ocupa Ceres”, está articulado com instituições estudantis nacionais, mas, a greve é exclusiva dos alunos do Ceres. “Ela se insere no quadro geral de paralisação de todas as categorias, não só dos estudantes“, afirma.
No dia 10 de novembro, será realizada eleição para a escolha do comando de greve com o objetivo de tratar das reivindicações com a direção do campus. Neste dia 08, acontece assembleia com os estudantes que decidirão quais os instrumentos serão usados na greve.