Desde 2009, a Cáritas Diocesana desenvolve trabalhos com os catadores, identificados nos lixões de Caicó e Parelhas, no Rio Grande do Norte. Agora, com o lançamento do Projeto Recicla Seridó, a meta é expandir e intensificar as ações em prol da conscientização sobre a importância do processo de coleta seletiva e a valorização dos profissionais catadores que atuam nesse segmento.
O Projeto Recicla Seridó foi lançado oficialmente nesta quarta-feira (7), no auditório do Centro Pastoral Dom Wagner, em Caicó. O convênio de celebração financeira entre a Cáritas Diocesana e a Fundação Banco do Brasil prevê uma série de ações que serão desenvolvidas nos municípios de Caicó, Acari, Currais Novos, Santana do Matos e Parelhas, entre fevereiro e setembro do próximo ano. A seleção desses municípios se deu pela existência de organizações de catadores em suas localidades.
O Bispo de Caicó, Dom Antônio Carlos, destacou a importância de se construir um Seridó sustentável com uma dimensão ecológica, valorizando as pessoas que, diariamente, tiram dos resíduos descartados pela população o seu sustento.
Já o gerente do Banco do Brasil, Jamilson de Souza Farias, elogiou a iniciativa da Cáritas Diocesana, ressaltando que o Seridó tem a possibilidade de educar a população sobre a importância da reciclagem o desenvolvimento social. Ele frisou que, nesse processo, é preciso que haja todo um engajamento da sociedade e do poder público para o projeto alcançar os objetivos esperados.
Também participaram do dispositivo de honra o representante da Cáritas Diocesana, Padre Neto, o senhor Alcides Belarmino da Silva, presidente da ASCAMARCA – Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Caicó, e José Rogério Dantas, vice-prefeito de Parelhas, representando o poder executivo dos municípios envolvidos.
Paula Salmana, gestora ambiental da Cáritas, afirmou que o lançamento do Recicla Seridó representa um marco histórico para a instituição, por reunir associações de cinco municípios diferentes num mesmo evento. Ela pontua que a meta do projeto é chamar a atenção da sociedade e do poder público sobre o papel da coleta seletiva, bem como tornar esses profissionais protagonistas de suas vidas e das mudanças sociais.