Tribuna do Norte – Ás vésperas de ter de arcar com duas folhas de pagamento de pessoal dentro do mês de dezembro, devido o 13º salário dos servidores públicos municipais, os prefeitos dos 167 municípios do Estado tentam buscar saídas para honrar a folha do funcionalismo, um dos motivos que estão levando os os gestores a pressionar o governo federal por uma ajuda extra de R$ 4 bilhões para saldar os compromissos com pagamentos, inclusive de outras despesas correntes, como fornecedores de bens e serviços.
O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), Benes Leocádio, afirma que a preocupação é procedente, “até porque a crise vem se agravando e se nós nem concluímos o ano já tem muitos municípios que não estão pagando a folha de seus servidores dentro do mês, não precisa dizer mais nada”.
Para Benes Leocádio, em dezembro “será praticamente impossível uma boa parcela dos municípios honrarem com seus compromissos”, pois muitas prefeituras para honrar a folha dos servidores públicos “estão deixando em aberto obrigações previdenciárias”.
Ex-prefeito de Lajes, Leocádio , disse que o mais grave é que só na primeira cota do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) no dia 10 de outubro, quase 50 prefeituras tiveram o FPM “zerado”, enquanto no dia 20 esse número foi de 32 prefeituras: “Ninguém vai atrasar salario do servidor porque quer ou priorizou outra despesa, é porque o dinheiro não está sendo suficiente”.