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A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) recebe oficialmente na próxima segunda-feira, 18, o acervo jornalístico com todas as edições do Novo Jornal. A solenidade inicia às 11h, na Sala dos Colegiados Superiores, com a presença do proprietário do acervo, jornalista e professor Cassiano Arruda Câmara, e da reitora da UFRN, Ângela Maria Paiva Cruz.

Na ocasião, será apresentado o repositório do Laboratório de Imagens (LABIM) da UFRN, plataforma onde ficará o acervo on-line e onde ele poderá ser consultado, tanto pelos estudantes e pesquisadores, como pelo público em geral.  O acervo físico, em suporte de papel, já está sob a guarda do Laboratório de Restauração e Conservação de Livros e Documentos Históricos (LABRE) do Departamento de História. O LABIM é coordenado pela professora Íris Dantas e o LABRE tem à frente a professora Maria da Conceição Guilherme Coelho.

O professor Haroldo Loguercio Carvalho, que trabalha em conjunto com os dois laboratórios, identificou que o objetivo é constituir um centro de documentação que possa receber doações de alto valor social e cultural. Ele identifica que, neste sentido, a guarda do Diário de Natal mantém relação com a doação do Novo Jornal. “Neste sentido, ambos acervos estão conectados, embora o trabalho com o Diário de Natal seja bem mais complexo tecnicamente. Por causa disso, trabalharemos em duas frentes: a primeira é com os microfilmes, que serão digitalizados para dar acesso à população o mais rápido possível. Estamos iniciando e acredito que em 2 anos finalizaremos. Enquanto o trabalho com os jornais impressos, que estão em variados estados de conservação, iremos com mais calma, já que é um trabalho exaustivo e lento. Contudo, o resultado deste trabalho será uma digitalização em alta resolução”, explicou.

No caso do Diário de Natal, o projeto tem seu início viabilizado através de emendas parlamentares dos senadores Fátima Bezerra, Garibaldi Alves e Agripino Maia, e dos deputados federais Rafael Motta, Rogério Marinho e Zenaide Maia. “Os acervos são importantes na medida em que tem vieses culturais, de cidadania, acesso à informação e direitos humanos, já que narram a história contemporânea do nosso estado. A guarda deles, o tratamento, a disponibilização e recuperação, quando for o caso, propiciam um conhecimento substancial para estudantes e profissionais de vária áreas, como artes, jornalismo, história, publicidade e educação física”, colocou Ângela Paiva.

O periódico Novo Jornal começou a circular, nas plataformas digital e impressa, em 17 de novembro de 2009. Em sua edição impressa, o último número circulou em 27 de outubro de 2017. Já o Diário de Natal circulou no período de 18 de setembro de 1939 até 2 de outubro de 2012. “Especificamente o acervo do Diário de Natal iria ser vendido para a Fundação Joaquim Nabuco, de Recife. Contudo, a intervenção da sociedade foi central para a manutenção em Natal destes documentos e a UFRN surgiu naturalmente como instituição com capacidade técnica de fazer o trabalho de recuperação e de dar acesso. É fundamental que a sociedade, suas forças vivas, seus representantes políticos, etc, entendam a necessidade de seguir apoiando o trabalho que estamos iniciando agora”, colocou Haroldo Carvalho.

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