O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou neste sábado (4) a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido, fez o anúncio durante a convenção nacional da sigla, em São Paulo.
Movimentos sociais e entidades sindicais como o MST, CUT e UNE marcaram presença no evento. Também compareceu à convenção lideranças do partido, como a ex-presidente Dilma Rousseff, o candidato ao governo de São Paulo pelo partido, Luiz Marinho, o ex-ministro Celso Amorim, o ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad e o senador Lindbergh Farias.
Apesar de confirmar o nome de Lula, a candidatura do ex-presidente deve ser barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por conta da Lei da Ficha Limpa. Preso desde abril deste ano, o petista foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do “Triplex do Guarujá”.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luiz Fux, antecipou nesta semana o seu posicionamento sobre a candidatura do ex-presidente Lula. O registro das candidaturas termina no próximo dia 15 de agosto.
O PSDB oficializou neste sábado (4) Geraldo Alckmin como candidato à Presidência da República. O anúncio foi feito na convenção nacional do partido, em Brasília. O nome do ex-governador de São Paulo foi aprovado por 288 votos. O resultado foi anunciado pelo vice-presidente do PSDB, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo.
Em seu primeiro discurso como candidato, Alckmin ressaltou a responsabilidade de sua candidatura e afirmou que o país passa por um momento grave. Citou o desemprego e a corrupção como problemas a serem resolvidos e que deseja ser presidente para mobilizar o entusiasmo e a confiança dos brasileiros. “Vamos mudar o Brasil e devolver aos brasileiros a dignidade que lhes foi roubada. Aceito ser o candidato pelo PSDB e pelos demais partidos que aqui nos apoiam, desta ampla aliança dos que acreditam no caminho do desenvolvimento, e não na rota da perdição do radicalismo, que acreditam na união que constrói e amplia, e não na divisão que nos paralisa e diminui.”
Marina Silva foi oficializada como candidata à Presidência da República pela Rede Sustentabilidade. O médico sanitarista Eduardo Jorge, do Partido Verde (PV), também foi apresentado oficialmente no encontro como vice na chapa.
Em seu discurso, Marina agradeceu o apoio da família e disse que a candidatura dela e de Eduardo Jorge é a que está em melhores condições de unir o país. Ela ressaltou também que a aliança com seu vice não é por conveniência, nem por tempo de TV ou dinheiro, mas para ajudar a transformar o Brasil.
Segundo Marina Silva, a campanha dela será limpa, sem notícias falsas e sem destruir biografias. “Não vamos fazer fake news, não vamos desconstruir biografias. Eu não posso ter sido colega do Ciro durante o tempo que ficamos no governo trabalhando juntos e, agora, só porque pensamos diferente, começar a mentir e destruir a vida da pessoa. A mesma coisa em relação à Alckmin, à Bolsonaro, a quem quer que seja. Eu quero entrar nesta campanha para oferecer a outra face junto com o Eduardo.”
O senador Álvaro Dias foi oficializado como candidato à Presidência da República neste sábado (4). A convenção nacional do partido Podemos, que ocorreu em Curitiba, também lançou o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, como vice na chapa.
Em seu discurso, Álvaro Dias anunciou que, se eleito, vai convidar o juiz federal Sérgio Moro para ser ministro da Justiça, e repetiu os pilares de sua pré-candidatura resumidos na promessa de “refundar a República”.
O candidato do Podemos tem 73 anos e está no quarto mandato de senador. De 1987 a 1991, foi governador do Paraná, à época pelo PMDB. Na década de 1970, foi deputado federal por três legislaturas. Antes, foi vereador de Londrina (PR) e deputado estadual no Paraná. Álvaro Dias foi eleito senador em 2014 pelo PSDB, depois foi para o PV e, em julho de 2017, migrou para o Podemos, antigo PTN.
Após ser oficializado como candidato, Álvaro Dias disse que convocou uma “seleção para derrotar a impunidade, a injustiça e a corrupção nesse país”. Ele fez críticas aos privilégios das autoridades e ao sistema político que se coliga “simplesmente” com o objetivo de ter mais tempo de campanha na televisão.