Cidade Luz, Curto Circuito, Habitaculum, Marca-passo, Carcará, Holerite, Máfia Capital e Cambalacho. Isolados, esses nomes têm significados específicos. Juntos, representam algumas das operações realizadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, nos últimos meses, em municípios potiguares. A conexão entre as operações, aliás, é fruto de investigações do órgão e mostra que a interligação de esquemas criminosos que desviam dinheiro público de prefeituras é prática recorrente.
“O Gaeco dá apoio operacional e logístico para a realização de operações. Naturalmente, diante dos fatos apurados, muitas vezes há compartilhamento das provas no âmbito judicial e, com isso, identifica-se que os criminosos não se limitam a atuação em uma cidade. Há crimes que a gente chama conexos, praticados em várias localidades, e hoje a gente fala em complexo investigativo. Essas organizações vão se esbarrando em diversas localidades. Também temos técnicas investigativas, como quebra de sigilo bancário e interceptação telefônica, que revelam fatos que permitem desdobramentos“, comenta o promotor Rafael Galvão, que atua no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.
Um exemplo da citação dele é a Operação Cambalacho, deflagrada em setembro passado, em Caiçara do Rio do Vento, resultando na prisão do ex-prefeito Francisco Edson Barbosa e outras cinco pessoas. Essa foi a terceira fase de uma investigação que se iniciou na cidade de Umarizal e resultou na Operação Negociata ainda em 2015. Na ocasião, o então prefeito Carlindson Onofre Pereira de Melo foi afastado do cargo. Em 2018, foi deflagrada a Operação Holerite na cidade de Caraúbas, tendo o ex-prefeito Ademar Ferreira da Silva também sido alvo das investigações.
Os três esquemas utilizavam o mesmo modelo operacional. Através de fraudes, com uso de declarações falsas, na concessão de empréstimos consignados e financiamentos aos servidores ativos e inativos, os criminosos geraram prejuízos de mais de R$ 4 milhões aos três municípios.
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