O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse nesta sexta-feira (18) que o Mundial de Clubes não acontecerá em 2020 em razão dos impactos da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Segundo o dirigente suíço, a ideia é que a competição, sediada no Catar, ocorra no início de 2021.
“Como muitas confederações, ou algumas delas, melhor dizendo, possivelmente não terminarão os torneios continentais até dezembro, é improvável que o Mundial ocorra em dezembro, como planejado. Estamos monitorando e discutindo sobre realizá-lo, provavelmente, no começo do [próximo] ano, ao invés do fim do ano [de 2020]” afirmou Infantino em entrevista coletiva realizada após o encerramento do 70º congresso anual da Fifa.
“Faremos isso consultando as confederações e os participantes, para tomarmos a melhor decisão. Hoje, temos uma situação em que há coisas mais importantes que o futebol a serem levadas em conta”, completou o dirigente.
Em julho, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) informou que a Libertadores de 2020 acabará em janeiro do próximo ano. A Liga dos Campeões Asiática, por sua vez, tem a decisão prevista para o dia 19 de dezembro. Até o momento, só dois times estão classificados para o Mundial: o Bayern de Munique (Alemanha), pelo título da Liga dos Campeões da Europa, e o Al Duhail, que foi campeão do Catar em agosto e será o representante do país-sede.
O Mundial no atual modelo, com sete equipes, será disputado pela última vez. A partir da edição seguinte, a Fifa pretende realizar a competição com 24 clubes, e a cada quatro anos. A primeira edição seria em 2021, no meio do ano, tendo o Flamengo, campeão da Libertadores de 2019, como um dos participantes. Devido à pandemia, Copa América e Eurocopa foram adiadas para o próximo ano e ocuparão a janela prevista para o Mundial, que ainda não foi remarcado.
“Quisemos deixar o calendário de 2021 para Euro e Copa América. Mas queremos que eles participem do Mundial de Clubes. Nossa relação hoje é muito próxima, tivemos muitas reuniões de nível operacional. Tudo isso vai ser debatido e discutido”, finalizou.
Agência Brasil