O Tribunal do Júri Popular, reunido no Fórum Municipal Amaro Cavalcante, em Caicó, nesta terça-feira (24), condenou o réu, José Nazareno Salviano de Oliveira, a uma pena de 19 anos e 3 meses de reclusão por homicídio qualificado. Ele matou com 13 golpes de faca peixeira, no dia 20 de maio de 2019, o marchante, Jacinto Francisco Pereira.
O crime foi registrado por volta das 10hs, na Avenida Carlindo Dantas, no Centro de Caicó.
Na fase do inquérito policial, Nazareno confessou o crime e relatou que a vítima foi casada com sua irmã, tendo esta falecido em razão de um câncer. Disse que ele a maltratava, inclusive com agressões físicas constantes quando chegava em casa embriagado.
Em depoimento à Polícia, disse que desde quando saiu da prisão, 1 mês antes do crime, procurava a vítima para perguntar sobre a violência praticada contra sua irmã e que no dia do fato, ao avistá-lo perguntou e Jacinto respondeu: “Já aconteceu, o que você quer saber disso“. No momento do fato, o réu portava uma faca e após a resposta, perdeu a cabeça e foi em direção da vítima com o intuito de matá-lo. Disse que se lembra de ter desferido em torno de 4 cutiladas e que no primeiro golpe, Jacinto já ficou sem voz e que só parou quando chegou uma terceira pessoa e efetuou dois disparos de arma de fogo para o alto. Nesse momento, ele foi imobilizado e teve a arma retirada de sua mão.
Consta nos autos do processo, que na verdade, Jacinto foi golpeado 13 vezes pelo réu.
Após o término da sessão de julgamento, Nazareno foi encaminhado de volta à Penitenciária Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega.
Outro crime
No dia 20 de junho de 2011, José Nazareno Salviano de Oliveira, Wellington Santos da Silva e Sebastião Dantas Lucena, foram presos acusados de tentativa de rapto.
Nas imediações do Hospital do Seridó, no centro de Caicó, abordaram Francisco de Assis Dantas, conhecido por “Zé Oin”, o colocaram dentro de um carro Gol de cor branca e placas MYV-0830 e fugiram em direção a cidade de São João do Sabugi/RN.
Uma guarnição do Grupo Tático Operacional (GTO) interceptou o veículo na estrada, no local conhecido por Curva da Morte.
Segundo Francisco de Assis, o grupo tinham a intenção de queimá-lo em local ignorado. Os policiais encontraram com os acusados, uma garrafa com gasolina, mangueira e munições.